Durante a cerimônia de abertura do 41º Encontro Nacional da Indústria da Cerâmica Vermelha, na noite de ontem (15/08), no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande (MS), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou a importância de ações para o desenvolvimento do segmento ceramista no Estado. “Encontros como esse mostram a solidificação do setor em Mato Grosso do Sul e o potencial de desenvolvimento dessa atividade industrial”, disse.
Sérgio Longen garantiu o empenho do Sistema Fiems, por meio do Sesi, Senai e IEL, em promover e ampliar ações para o estímulo da indústria no Estado. “O segmento conta com o apoio do Senai, que possui um laboratório no CetecSenai Rio Verde, com profissionais nas áreas de cerâmica e química aptos para atender as demandas da indústrias, que é certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia)”, declarou.
Potencialidades
Já o governador André Puccinelli reforçou que, por meio do Encontro promovido pela Anicer (Associação Nacional da Indústria Cerâmica) e Sindicer/MS (Sindicato da Indústria Cerâmica de Mato Grosso do Sul), é possível mostrar a todo País as potencialidades de Mato Grosso do Sul. “Vamos somar esforços para alavancar ainda mais esse segmento, discutindo os investimentos necessários para elevar o Estado como um importante polo ceramista no Brasil”, pontuou.
Ele também ressaltou a produção da região norte do Estado. “Temos os pólos industriais cerâmicos de São Gabriel do Oeste, Coxim e Rio Verde em grande desenvolvimento. Queremos mostrar as potencialidades que Mato Grosso do Sul tem, principalmente na produção da cerâmica vermelha da região norte do Estado. Queremos integrar o Estado no cenário nacional. O governo do Estado apoia novos investimentos no setor e é parceiro no desenvolvimento do setor cerâmico”, garantiu.
Crescimento
Segundo o presidente da Anicer, Luis Carlos Barbosa Lima, é possível perceber a grande dimensão do desenvolvimento da indústria em Mato Grosso do Sul comparativamente a outros Estados. “Aqui está o futuro do país, aqui se produz alimento e se produz vida. Com a população em constante crescimento, vemos um Estado em que principalmente as instituições trabalham em conjunto para sua expansão. Não escolhemos Campo Grande para realizar o evento, Mato Grosso do Sul é que nos obrigou a virmos para cá, pelo reconhecimento ao excelente trabalho desenvolvido aqui”, afirmou.
Para o presidente do Sindicer/MS, Natel Henrique Farias de Moraes, os empresários sul-mato-grossenses tiveram uma história de força e anseio de crescer. “O ceramista é como um tijolo: forte e de longa durabilidade. Uma hora ele se trinca, quebra, mas se recicla e nasce de novo. As pessoas que fazem parte dessa história é que deram condições para que o setor crescesse ao longo dos anos”, contou. De acordo com o Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Agronegócio, Natal Baglioni, o investimento em novas tecnologias e ideias de inovação é que fazem o crescimento do segmento.
“O aprimoramento e a melhora continua vem do esforço dessas pessoas que estão aqui hoje, desses empresários que com o seu trabalho conquistaram o mercado”, disse Natal Baglioni. O presidente da Famasul e do conselho deliberativo do Sebrae/MS, Eduardo Ridel, falou do importante papel do empresariado na busca de excelência em inovação. “O Sebrae acompanhou desde meados de 2003 o início das primeiras missões no sentido de institucionalizar o setor no Estado e da vontade dos empresários de avançar e desenvolver”, pronunciou.
Biogás
Ainda durante o evento, o presidente da Fiems assinou o protocolo de intenções para o fornecimento de biogás para as indústrias do arranjo produtivo local “Terra Cozida Pantanal” por parte do arranjo produtivo local de suinocultura do Estado. De acordo com o Sindicer, os municípios de Coxim, Rio Verde e São Gabriel do Oeste concetram o principal polo cerâmico de Mato Grosso do Sul.
Nesta região estão instaladas indústrias que, juntas, são responsáveis pela produção mensal de 41% de blocos cerâmicos, 100% das lajotas rústicas e 2% das telhas produzidos no Estado. Elas respondem ainda pela produção mensal de 3.850 milheiros de cerâmica estrutural, 165 mil m² de cerâmica de revestimento e 3 mil peças de artesanato. “Atualmente, já são 134 fabricantes”, segundo Natel de Moraes.