A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está elaborando 42 documentos com propostas para os candidatos às eleições de 2018. As sugestões serão baseadas no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022. O estudo apresentado pela CNI nesta segunda-feira (5) é uma agenda para o Brasil, pois visa à construção, nos próximos anos, de uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional.
"Não há tempo a perder. O país precisa avançar", disse o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, durante a apresentação do Mapa aos jornalistas. Ele explicou que, com a implementação das propostas do Mapa, a renda média dos brasileiros (PIB per capita) aumentará dos cerca de US$ 14 mil ao ano para US$ 50 mil em 2054. Ou seja, o país levará ainda 38 anos para se aproximar da renda atual de Estados Unidos, Holanda e Suíça.
Caso as ações propostas pelo Mapa não sejam implementadas, o Brasil levará 85 anos para ter uma renda per capita de US$ 50 mil, informou Fernandes. "Basta de complacência com o real potencial de crescimento do país e da indústria", destacou. "O desafio está em nossas mãos. Muitas das restrições que afetam o desenvolvimento da economia são internas."
De acordo com Fernandes, há cinco desafios que o Brasil precisa vencer nos próximos anos para crescer de forma sustentada. O primeiro é o equilíbrio fiscal, que depende da reforma da Previdência, do controle e da eficiência dos gastos públicos. O segundo é a melhora do ambiente de negócios e a redução da burocracia. O terceiro é a reforma tributária, pois o atual sistema de arrecadação de impostos penaliza os investimentos e eleva os custos das empresas. O quarto é a segurança jurídica e, o quinto, a reindustrialização com o aumento da produtividade e da inovação nas empresas.
Fernandes explicou que desde o lançamento da versão anterior do Mapa, que se referia ao período 2013-2022, o país avançou em algumas áreas e retrocedeu em outras. Como exemplo dos avanços, ele citou a reforma trabalhista, a lei que acabou com obrigatoriedade da Petrobras de ter participação mínima de 30% nos consórcios do pré-sal e de ser a operadora única nos campos de exploração de petróleo e a legislação que visa à atração do capital estrangeiro para obras de infraestrutura. No entanto, o Brasil não conseguiu enfrentar a agenda macroeconômica.
SAIBA MAIS - Acesse o site do Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022.