5 rotas para a região Norte economizar com transporte de cargas

Os caminhos para melhorar a infraestrutura da região estão no Projeto Norte Competitivo, produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações de indústria dos estados, publicado em 2010 e revisado em 2014

O setor produtivo da região Norte do Brasil gasta R$ 33,5 bilhões por ano com o transporte de cargas. Esse custo será reduzido com a conclusão de obras que tornem a movimentação de mercadorias mais ágil e eficiente. E há muito a ser feito, principalmente para tornar viável a navegação nos rios da Bacia Amazônica. As hidrovias são o modal que mais podem melhorar o sistema de transportes dos estados do Norte. Paralelamente, são necessárias reformas e ampliação dos portos. Os caminhos para melhorar a infraestrutura da região estão no Projeto Norte Competitivo, produzido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações de indústria dos estados, publicado em 2010 e revisado em 2014.

O estudo aponta que é necessário consolidar nove eixos logísticos para integrar a malha de transportes, com investimentos de R$ 30,1 bilhões. Alguns deles precisam de melhorias. Outros, por sua vez, ainda não podem ser utilizados por ainda não terem saído do papel. Caso as obras sejam concluídas, a região economizará R$ 5 bilhões por ano com transporte de cargas.

A partir de hoje, e durante as próximas quatro semanas, a Agência CNI de Notícias divulga as principais conclusões dos estudos e projetos sobre as regiões Norte, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. O estudo Sudeste Competitivo, ainda inédito, será divulgado no dia 26 de outubro, em Belo Horizonte. Até lá, acompanhe as principais necessidades do país para o setor de transporte de cargas, começando pela região Norte:


1. HIDROVIA JURUENA/TAPAJÓS
A hidrovia foi idealizada para ligar o norte de Mato Grosso ao Rio Tapajós, no Pará, mas o projeto ainda está na prancheta. Uma vez navegável, o rio será essencial para escoar a produção agroindustrial, como soja, derivados e carnes, dos estados do Centro-Oeste para o Norte.

Investimento: R$ 3,9 bilhões
Economia anual: R$ 1,8 bilhão (valor baseado no volume de carga estimado para 2020)

Rio Tapajós

2. HIDROVIA DO RIO MADEIRA
Importante rota para a agroindústria, o Rio Madeira liga Porto Velho (RO) ao Rio Amazonas. É a hidrovia com maior volume de cargas do país, mas precisa de melhorias na navegabilidade, como sinalização e dragagem - obras que ampliam a profundidade do rio para permitir a tráfego de navios maiores.

Investimentos:  R$ 702,8 milhões
Economia anual: R$ 96 milhões (2020)

Rio Madeira

3. BR-163, VIA MIRITITUBA (PA)
A rodovia é a principal ligação por terra entre o Centro-Oeste e o Norte e está em obras há 40 anos. Sua conclusão é essencial para direcionar a produção agroindustrial para portos do Rio Tapajós, no Pará, desafogando rodovias e portos do Sul e Sudeste.

Investimento: R$ 1,4 bilhão
Economia anual: R$ 945,7 milhões (2020)

BR-163 Pará

4. HIDROVIA DO RIO TOCANTINS E BR-242
Um dos principais braços do Rio Amazonas, o Tocantins deve ser rota importante para escoar a produção do leste de Mato Grosso e do próprio estado de Tocantins para o Norte. Mas é preciso pavimentar a rodovia e garantir a navegabilidade do rio.

Investimento: R$ 4,8 bilhões
Economia anual: R$ 895,6 milhões (2020)

BR 242

5. BR-364
A rodovia liga Cuiabá (MT) a Porto Velho (RO) e é importante rota para escoar a produção do oeste mato-grossense para a Hidrovia do Madeira. Deteriorada, a estrada precisa de melhorias.

Investimento: R$ 1,1 bilhão
Economia anual: R$ 248 milhões (2020)

BR-364 Porto Velho

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Projeto Norte Competitivo (PDF 146 MB)

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