5 obstáculos que comprometem o crescimento da indústria da construção

A pesquisa revela os principais problemas enfrentados pelo setor no segundo trimestre deste ano

A crise atingiu em cheio a indústria da construção. O setor convive com elevada ociosidade, baixo nível de atividades e expectativas pouco animadoras para os próximos seis meses, é o que mostra a Sondagem Indústria da Construção. Feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com empresas de todo o país, a pesquisa revela os principais problemas enfrentados pelo setor no segundo trimestre deste ano. Confira: 

1. Demanda interna insuficiente 
Com 36,7% das citações, a falta de demanda está em primeiro lugar no ranking dos obstáculos à recuperação do setor. Sem ter compradores para os imóveis ou interessados em contratar serviços de reformas, as construtoras adiam os investimentos e o lançamento de empreendimentos e serviços. 

2. Elevada carga tributária 
O peso dos impostos, com 34,7% das citações, é o segundo principal problema apontado pelas empresas do setor. A carga tributária aumenta os custos das obras e, consequentemente, o preço dos imóveis e dos serviços da construção. Especialmente em tempos de crise, os preços altos inibem os compradores. 

3. Taxa de juros elevadas 
Assinalada por 34,2% dos empresários, a taxa de juros alta ocupa o terceiro lugar na lista, porque encarece os custos dos financiamentos. Como a maioria das pessoas depende de empréstimos de longo prazo para comprar imóveis, os custos elevados dos financiamentos afugentam os compradores. 

4. Inadimplência dos clientes 
Com 31,7% das menções, o atraso nos pagamentos dos clientes aparece em quarto lugar no ranking de problemas da indústria da construção. A inadimplência dos clientes compromete o planejamento e traz prejuízos ao caixa das empresas. Em muitos casos, as empresas são obrigadas a recorrer a empréstimos nos bancos para honrar seus compromissos ou atrasar as próprias contas. 

5. Falta de capital de giro 
Em quinto lugar, com 29,1% das menções, está a falta de capital de giro. Sem dinheiro em caixa para manter as operações do dia-a-dia, como o pagamento dos salários, de aluguéis e de impostos, a empresa fica com as finanças comprometidas e, em alguns casos, é obrigada a reduzir as atividades e até dispensar empregados. 

 

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