Em entrevista à CNI, Antonio Carlos da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), faz um balanço das iniciativas realizadas pela Federação para aprimorar a atuação dos sindicatos nos últimos anos. O presidente destaca a importância do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) e antecipa quais são os planos da FIEAM para avançar nesse processo ao longo de 2014. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
CNI: Desde 2007 a FIEAM, em parceria com a CNI, desenvolve ações para fortalecer os sindicatos empresariais do setor industrial. Que balanço o senhor faz desse período?
Antonio Silva: O PDA confirma-se como oportunidade para o fortalecimento da unidade entre empresários, sindicatos patronais e o Sistema FIEAM, contribuindo para o alinhamento e a disseminação de informações sobre os papeis dos sindicatos industriais e do Sistema Indústria.
A FIEAM, por meio do PDA, já desenvolveu inúmeras ações, algumas restritas aos sindicatos, tais como planejamento estratégico, montagem de portfólio e apoio a infraestrutura do sindicato. A Federação também proporcionou a sindicatos e associados cursos e oficinas sobre temas de interesse da indústria, a exemplo das capacitações sobre tributos, legislação trabalhista, negociação, entre outros. Essa aproximação entre empresas, sindicatos e FIEAM é importante para fortalecer a relação associativa. Além do mais, o convívio na FIEAM também proporciona às empresas associadas aos sindicatos a possibilidade de conhecer melhor os produtos oferecidos pelas instituições que compõem o Sistema Federação das Indústrias.
CNI: Recentemente a FIEAM passou a utilizar o Sistema Integrado de Gestão da Arrecadação (SIGA) para gerenciar a arrecadação das contribuições sindicais. Já é possível avaliar os resultados dessa nova ferramenta?
Antonio Silva: Com a implantação do SIGA houve um aumento considerável na arrecadação e no número de contribuintes. Em comparação a 2012, obtivemos aumento superior a 10% no total da Arrecadação Sindical e 20% na quantidade de guias pagas. O número de potenciais contribuintes passou de 1.200, em 2012, para 5.106 em 2013.
Com isso, houve uma demanda maior pelo associativismo e procura dos serviços do Sindicato.
CNI: A Federação e os sindicatos também têm realizado cursos do PDA para empresários industriais sobre temas como tributos, tarifas de energia elétrica e questões trabalhistas. Como esses cursos podem contribuir para aumentar a participação das empresas nos sindicatos?
Antonio Silva: As capacitações possibilitam uma aproximação das indústrias com as entidades sindicais e a Federação. Demonstram que o Sistema de Representação da Indústria é preocupado com os temas que afetam nossas empresas industriais, além de conferir-lhes uma visão sistêmica do papel dos sindicatos. Além do mais, por meio das capacitações, é possível difundir a cultura e a importância do associativismo para o fortalecimento da indústria do Amazonas.
CNI: Quais iniciativas a FIEAM planeja realizar em 2014 para avançar nesse processo de fortalecimento dos sindicatos e de maior aproximação com as empresas industriais?
Antonio Silva: Novos desafios se apresentam para 2014: o convênio firmado com o SEBRAE nos possibilitará, além de uma maior aproximação com as micro e pequenas indústrias, o aumento da oferta de ações para as indústrias associadas ou não associadas aos sindicatos patronais. Há também a expectativa de apoiarmos os executivos dos nossos sindicatos, proporcionando a qualificação que desenvolva competências necessárias ao exercício das atribuições dos mesmos.