Um modelo de excelência e inovação

Em artigo publicado no jornal Diário da Manhã, o vice-presidente da CNI Paulo Afonso Ferreira defende maior interação entre Estado, empresas e academia como passo fundamental para Brasil dar salto tecnológico, de competitividade e de produtividade

"Estou cada vez mais convencido de que inovação é algo imprescindível e estratégico para as organizações, sejam elas publicas ou privadas"

Recentemente estive em Israel, em missão pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que contou com a presença de empresários, gestores, representantes de universidades e do governo federal. A Imersão em Ecossistemas de Inovação teve como objetivo reunir conhecimento e experiência em temas determinantes para o futuro da indústria.

Tivemos a oportunidade de conhecer o que há de mais avançado em tecnologia, infraestrutura e modelos de negócio, em áreas como segurança, mobilidade urbana, saúde, educação, comunicação etc. Estou cada vez mais convencido de que inovação é algo imprescindível e estratégico para as organizações, sejam elas publicas ou privadas.

Precisamos desenvolver a cultura de inovar e de percebermos oportunidades para oferecer soluções. Países têm obtido relevantes resultados de desenvolvimento pela coragem e ousadia que tiveram em mudar e criar um ambiente de estímulo à inovação, com investimentos em educação e pesquisa. A gestão pública precisa despertar para a necessidade de mudança, implantando ações que proporcionem mais eficiência e resultados.

Empresas precisam se adaptar ao desafio da era digital, com ações que proporcionem mais produtividade, competitividade e agregação de valor aos seus produtos. Israel é um grande exemplo de nação que tem sido referência como centro de tecnologia. É um país pequeno, quase sem recursos naturais, clima desfavorável, que convive com conflitos, mas que fornece conhecimento e pesquisa para empresas de todas as partes e segmentos do mundo, como de tecnologia do Vale do Silício e das grandes montadoras mundiais. Fez da crise uma oportunidade de desenvolvimento sustentável e de crescimento.

Outro diferencial é a forte interação entre governo, empresas e academia, pois valorizam o pesquisador, que é imbuído no propósito de desenvolver teses e soluções práticas. Não basta apenas criar teses e engaveta-las. É preciso que gerem resultados para a sociedade.

O artigo foi publicado no domingo (30) no jornal Diário da Manhã.

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