A competitividade e sobrevivência das empresas exigem novos padrões de organização, alteração de métodos de produção e relações com o mercado, sendo cada vez mais importante a valorização da educação, da ciência, da pesquisa e da inovação.
Temos desafios em todos sentidos da vida e nossas ações cada vez mais influenciam e impactam as outras pessoas. Estamos todos no mesmo barco, chamado planeta Terra.
É preciso que os resultados coletivos estejam acima dos ganhos individuais ou corporativos. Desapegarmos de ideologias, partidarismos, preconceitos, atuarmos na soma de resultantes, destinando esforços em um só caminho, pois se cada um puxar para um lado, não chegaremos a lugar algum, gastaremos esforços e não teremos resultados positivos.
Precisamos valorizar virtudes, semearmos as boas sementes, resgatarmos o sentimento de auto estima, otimismo e patriotismo. O Brasil é um país de grandes valores, um povo de fé, religiosidade, criativo, alegre, temos recursos naturais em abundância, clima favorável, com muito potencial para se explorar e produzir.
Temos democracia, agricultura, indústria, comércio, serviços de ponta, alguns destes como referência mundial, que mesmo diante de tantos gargalos, os empreendedores enfrentam riscos para cumprirem ideais, sonhos e são responsáveis pela geração de emprego, renda e receitas.
O Brasil é o maior produtor de soja do mundo, o 3º na produção de milho. Somos referência na produção de aviões, café, carne, papel, gás natural, minério de ferro, aço, madeira, calçados etc.
Por que não criamos princípios ativos de medicamentos, a partir da biodiversidade do nosso riquíssimo Brasil, ao invés de importá-los da Índia, China, Alemanha, Estados Unidos etc?
Imaginem se consolidarmos um ambiente mais favorável aos negócios, com redução de tributos, da burocracia, mais segurança jurídica, estímulos ao empreendedorismo, mais investimentos em educação, ciência e pesquisa, gerando novos talentos?
Podem surgir novas empresas, agregados mais valores aos produtos, possibilitando mais competitividade para enfrentarmos o mercado internacional, além da geração de mais postos de trabalho e desenvolvimento.
Que possamos persistir nesse alvo, unindo esforços e fazendo a nossa parte em prol de novas conquistas para o Brasil e o mundo.
Reformas estruturais são imprescindíveis, exigindo mudança de mentalidade, desapego, disposição e coragem para mudar e realizar aquilo que é necessário para que as travas sejam rompidas e o país cresça.
Não podemos perder tempo, nem oportunidade, temos que avançar na aprovação de reformas que estão sendo discutidas há anos no Congresso Nacional, como a tributária e a administrativa, que muitas vezes não andam por conflitos de interesses ou divergências partidárias.
Precisamos de mais celeridade, resolvermos os impasses e fazermos aquilo que agrega aos interesses do Brasil.
*O artigo foi publicado nesta sexta-feira (21), no jornal O Popular.
Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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