A burocracia na agenda

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), Glauco Côrte, além das reformas, o governo precisa enfrentar a questão da burocracia, que também é prioritária e urgente

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 77% dos brasileiros consideram o Brasil um país burocrático, 74% acham que o excesso de burocracia faz o governo gastar mais do que o necessário e 72% acreditam que a redução da burocracia deve ser uma das prioridades do governo.

Se todos estão de acordo quanto ao diagnóstico, por que o problema não é resolvido? Em um momento de grande importância histórica, em que o país pode dar passos decisivos na direção de um futuro melhor, o governo focou na agenda que o Brasil, de fato, precisa e mostra disposição, finalmente, para avançar em reformas que foram postergadas demais, como a da Previdência, a trabalhista e a tributária. Apesar dessas iniciativas representarem um desafio de enormes proporções, enfrentar a questão da burocracia também é prioritário e urgente.

Assim, demonstrar vontade política para enfrentá-la, como fez o governo ao criar o Conselho Nacional para Desburocratização Brasil Eficiente, é o primeiro passo para mudar essa realidade. Mais do que lançar uma nova instância para enfrentar a burocracia, todavia, o que constitui avanço são sinalizações como as dadas por alguns ministérios, como o da Indústria e Comércio (MDIC) e o da Agricultura (Mapa), nos quais boas iniciativas ao alcance do Executivo estão ocorrendo para simplificar a vida dos cidadãos e devolver ao setor produtivo a competitividade que o setor público retira com o excesso de burocracia.

A indústria, através da CNI, já apresentou ao presidente Temer uma série de propostas para melhorar o ambiente institucional brasileiro no âmbito da regulação e desburocratização, abordando aspectos como tributos, relações de trabalho, logística de transportes, energia, licenciamento ambiental, regulação, comércio exterior e inovação. Trata- se de uma agenda para já, que deve ser perseguida com método objetivos, prazos, monitoramento e avaliação e sentido de urgência.

O artigo foi publicado no Diário Catarinense nesta quarta-feira (22).

Relacionadas

Leia mais

Conheça os finalistas do Prêmio Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas
Agenda da indústria avança, mas CNI sugere urgência na aprovação das reformas
Sete momentos que marcaram o Torneio Nacional de Robótica 2017

Comentários