Entre 2010 e 2023, a Confederação Nacional da indústria (CNI) consolidou sua posição de liderança no quadro da representação empresarial do país. Isso decorre não apenas de seu caráter verdadeiramente nacional, com uma visão integradora do Brasil, mas também por estar, em suas ações, sempre sintonizada com os desafios enfrentados pelo setor industrial brasileiro.

Por meio de permanente e qualificada interlocução com o Poder Executivo e o Congresso Nacional, a entidade ajudou no avanço da agenda de reformas do país. Merece destaque sua atuação em favor da modernização da legislação trabalhista e da reforma da previdência, bem como na definição e no aprimoramento de importantes mar- cos regulatórios para estimular investi- mentos em infraestrutura.

Ressalte-se, também, o papel central exercido na estratégia de preparação da indústria para os processos de transformação digital e de descarbonização.

Ao longo dos últimos anos, a CNI impulsionou, de forma extraordinária, a agenda de inovação, mobilizando o setor com o fortalecimento do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI) e com a criação e disseminação dos Institutos SENAI de Inovação, presentes em várias regiões do país.

A agenda de sustentabilidade também foi prioritária, garantindo sua participação em todas as conferências das Nações Unidas sobre mudança do cli- ma e biodiversidade.

Ainda no cenário global, a CNI intensificou sua presença em mercados estratégicos por meio de inserção nos mais importantes fóruns e mecanismos internacionais.

Registre-se a relevante contribuição oferecida, sob a sua coordenação, pelo Fórum Nacional da Indústria – locus revigorado pela participação de mais de 70 associações setoriais – à agenda de melhoria do ambiente de negócios do país e à geração de novas políticas industriais.

E, finalmente, o engajamento decisivo na luta pela Reforma Tributária junto ao Congresso Nacional foi passo fundamental para restaurar a competitividade da indústria brasileira.

No futuro, teremos, sem dúvida, muitos outros desafios, mas, com a busca da coesão do setor empresarial e o indispensável concurso do seu competente corpo técnico e funcional, a CNI garantirá novas conquistas para que o Brasil continue a ter uma das mais importantes plataformas manufatureiras do mundo.

(*) Armando Monteiro Neto foi senador por Pernambuco, presidente da CNI e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O artigo foi publicado na Revista da Indústria Brasileira em outubro de 2023.

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