Presidente da CNI defende redução da burocracia

Andrade reafirmou ainda que é contra uma eventual volta da Contribuição Provisória para Movimentação Financeira (CPMF)

Ministro empossado Armando Monteiro Neto (esquerda) e o ministro Mauro Borges Lemos

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu o corte na burocracia. "Isso já será uma grande reforma, porque simplificará muitos procedimentos tributários e reduzirá os custos das empresas", disse Andrade, nesta quarta-feira (7), ao participar da cerimônia de transmissão de cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Andrade reafirmou ainda que é contra uma eventual volta da Contribuição Provisória para Movimentação Financeira (CPMF). "Vamos trabalhar contra porque isso pesa no bolso de todo mundo", destacou.

Na avaliação do presidente da CNI, o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, fará um excelente trabalho no governo. "Ele tem uma visão muito moderna do que o Brasil e a indústria precisam e tem capacidade de articulação e negociação com o Congresso e os demais ministérios", elogiou Andrade.

Em seu discurso de posse, Armando Monteiro prometeu  anunciar nos próximos dias um plano "arrojado" para estimular as exportações e destacou que o combate à burocracia está entre as prioridades de sua gestão. Ele antecipou ainda que a agenda do MDIC terá cinco eixos. O primeiro é conferir um novo status ao comércio exterior brasileiro, com a adoção de uma política mais ativa de acordos comerciais, remoção dos entraves ao financiamento e a implantação do Portal Único, que simplifica e concentra em um só lugar os procedimentos de exportações e importações.

O segundo eixo da agenda é a harmonização e a simplificação de obrigações tributárias. O terceiro é o incentivo ao investimento na renovação do parque de máquinas da indústria, o quarto é o apoio à inovação e, o quinto, o aperfeiçoamento da governança.  Monteiro Neto admitiu que o governo precisa fazer ajustes para buscar o equilíbrio macroeconômico. Mas advertiu que esse ajuste não pode paralisar o país. "O Brasil precisa voltar a crescer", afirmou, destacando que a retomada do crescimento econômico depende da recuperação da indústria. "Não há como crescer mais sem que o setor recupere o dinamismo." 

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