Indústria é contra o aumento de impostos, diz presidente da CNI

Robson Braga de Andrade defendeu o ajuste das contas públicas, e disse que o Brasil precisa reduzir a burocracia e criar um ambiente favorável aos negócios

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, reafirmou nesta sexta-feira (24), que é contrário ao aumento da carga tributária. "Somos contra a elevação de impostos. Criar ou aumentar impostos deve ser a última, das últimas, das últimas das possibilidades para equilibrar as contas públicas", afirmou Andrade, ao sair da reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Andrade lembrou que quem paga os impostos são os consumidores. "As empresas são apenas repassadoras de tributos", destacou o presidente da CNI. Segundo ele, a população já está demasiadamente penalizada com aumentos de preços e do desemprego, e que uma eventual elevação de impostos inibirá ainda mais o consumo. "Nós precisamos estimular o consumo", acrescentou.

De acordo com presidente da CNI, o equilíbrio das contas públicas é fundamental para o crescimento econômico. "Sem o ajuste fiscal, certamente teremos a erosão da atividade econômica", afirmou, acrescentando que o ajuste das contas públicas depende de uma série de ações. Como exemplo, citou as medidas que reduzem a burocracia e criam um ambiente mais favorável aos negócios e que não implicam redução de receitas do governo.  "São medidas como a facilitação do acesso das empresas ao crédito, a redução de juros e da burocracia", disse.

Essas e outras ações, como o aperfeiçoamento do programa de refinanciamento das dívidas tributárias, o novo Refis, e a simplificação dos processos de recolhimento de impostos foram discutidas durante o encontro com Meirelles.  Andrade afirmou que a CNI é parceira do governo na busca de soluções para o equilíbrio das contas públicas. Mas vai discutir e protestar contra eventuais aumentos da carga tributária.

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