CNI lamenta morte de Danilo Santos de Miranda

Filósofo e sociólogo esteve à frente do Serviço Social do Comércio (SESC) de São Paulo por décadas, contribuindo para o desenvolvimento das artes e da cultura

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamenta profundamente o falecimento do sociólogo e filósofo Danilo Santos de Miranda, aos 80 anos, ocorrido no domingo (30/10) em São Paulo. Ao longo de quatro décadas, Miranda esteve à frente do Serviço Social do Comércio (SESC) de São Paulo, que transformou numa instituição determinante para a cultura do estado e do país.

Sob o seu comando e sua concepção humanista, o SESC-SP fez um trabalho de excelência e se tornou um centro de difusão das artes e da cultura, promovendo peças de teatro, shows de música, e exposições de artistas brasileiros e estrangeiros, entre outras expressões artísticas. 

O modelo implantado no SESC-SP era objeto de elogios em todo o mundo, do respeito e da gratidão da classe artística, que via na figura de Miranda a de um verdadeiro mecenas e incentivador do desenvolvimento da cultura brasileira. Entre as lutas muito bem escolhidas, batalhou pela profissionalização dos artistas e dos demais ofícios que cercam as manifestações culturais. 

Ao conduzir a instituição com competência e absoluta transparência no uso do orçamento da entidade, tornou-se uma referência incontornável e se credenciou a ser uma das personalidades mais consultadas por governantes, influenciando políticas culturais nas diversas esferas de poder no Brasil, em todo o espectro ideológico. 

Fluminense de nascimento e ex-seminarista, Miranda trocou o Rio de Janeiro por São Paulo e ingressou no SESC ainda na década de 1960. Em 1984, assumiu o cargo de diretor regional, quando iniciou a expansão da instituição e começou a implementar bem-sucedidos programas de fomento às artes e à cultura. 

Afável, habilidoso e visionário, Miranda foi, nos últimos anos, fundamental na preservação dos recursos do Sistema S, grupo de entidades que congregam serviços sociais e de aprendizagem de diversos setores da economia brasileira, como o SESI e o SENAI, da indústria.

Seu falecimento deixa uma enorme lacuna no setor cultural brasileiro e no Sistema S, cujos avanços defendeu com muita paixão. Seu exemplo de homem público seguirá como uma inspiração para todos os que trabalham pelo desenvolvimento econômico, social e cultural do Brasil. 

A CNI expressa sinceras condolências à família, aos amigos, aos colegas do SESC, da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) e da Confederação Nacional do Comércio (CNC), à comunidade artística e a todos os que tiveram o privilégio de conviver com o saudoso Danilo Miranda, na esperança de que encontrem conforto espiritual neste momento de tristeza. 

Robson Braga de Andrade 
Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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