Seis em cada dez alunos do Pronatec são mulheres
Já se foi o tempo em que as profissões podiam ser divididas, ou pelo menos caracterizadas como coisa de homem ou de mulher. Elas estão cada vez mais ocupando diferentes posições no mercado de trabalho. De motoristas de ônibus, carretas e aeronaves, passando pela direção de grandes empresas ou até mesmo governando países.
Desde 2011, dos 4,5 milhões de postos de trabalho criados no Brasil, 2,3 milhões foram conquistados pelas mulheres. De acordo com a Presidência da República, mais da metade das bolsas do ProUni e dos financiamentos do FIES também foram concedidos para elas. No Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que tem o SENAI como principal parceiro, elas também são maioria. Seis em cada dez alunos do programa são mulheres.
Quando há resistência por parte dos homens, elas, jeitosamente driblam qualquer situação. A mineira Mônica Tércio, de 18 anos, sabe como isso funciona. No início no ano passado a jovem começou a fazer o curso de Técnico em Manutenção Automotiva, no SENAI Centro Automotivo, em Belo Horizonte. Uma sala com 21 homens e apenas duas mulheres.
Segundo ela, no início foi mais difícil, pelo fato de ser uma profissão com muitos homens. “Os meninos acham que sabem demais, mas tem horas que nós ensinamos a matéria para eles. E o certo é um ajudar o outro. Não são só eles que entendem, nós também entendemos de carro”, afirmo. Ela conta ainda que a escolha pelo curso foi influência do pai, que é engenheiro mecânico, e da mãe, que é gerente de uma empresa de manutenção em veículos.
SONHO DE SER EMPRESÁRIA – Thaísa Bertolace, 18 anos, também estuda na mesma unidade do SENAI, na capital mineira. A jovem faz o curso de Aprendizagem Industrial em Eletricidade de Automóveis. Ela começou a estudar em janeiro deste ano e garante que as mulheres se destacam por serem mais cuidadosas. Ouça clicando aqui.
Para o futuro, Thaísa planeja montar uma oficina mecânica e brinca que não será um espaço exclusivo para mulheres. Sobre as meninas que poderiam ficar intimidadas em se aventurar nessas profissões, ela explica que o importante é fazer o que gosta, correr em busca do sonho e ser feliz. “A gente tem de pensar no que queremos e não naquilo que os outros vão falar”, finaliza.
