SESI Lab inaugura exposição “Energia, Sou Watt?” sobre transição energética

Convidados visitaram a mostra interativa e conheceram mais sobre transição energética

O SESI Lab inaugurou nesta terça-feira (7) a exposição “Energia, Sou Watt?”, que apresenta aos visitantes cenários sobre a energia e a transição energética. Os convidados puderam percorrer o circuito interativo e participaram do coquetel de lançamento. A exposição faz parte da Temporada França-Brasil 2025, organizada pelo Instituto Guimarães Rosa e pelo Institut Français, com apoio dos ministérios da cultura e das relações exteriores dos dois países. 

Veja fotos do lançamento no Flickr da CNI

A superintendente de Cultura do Serviço Social da Indústria (SESI), Claudia Ramalho, deu as boas-vindas às dezenas de convidados e falou sobre a importância da exposição no contexto das atividades do museu.

O museu de arte, ciência e tecnologia trabalhará ao longo do ano com o tema Energia e Transição Energética. Também agradeceu a parceria com o Observatório do Clima, que fez a consultoria científica da exposição no Brasil, e à Ponto de Produção, que viabilizou o projeto junto ao SESI Lab e à Citéco (Cité de l'Économie), museu interativo francês que desenvolveu a mostra originalmente. 

Paulo Mól, diretor superintendente do SESI, explicou que o museu trabalha com temas anuais para estimular no público reflexões sobre assuntos fundamentais para o futuro da sociedade de uma forma eficaz e divertida. “O trabalho de divulgação científica que nós estamos fazendo tem impacto de longo prazo”, disse, frisando que o museu já recebeu mais de 500 mil visitantes em dois anos e meio de atividades. “Os números revelam a fertilidade do nosso trabalho. Desejamos consolidar ainda mais esse papel de difusão do conhecimento e de formação.” 

O presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, ressaltou a importância da exposição “Energia, Sou Watt?” no contexto das mudanças climáticas enfrentadas em todo o mundo. “O SESI Lab é um hub para nós, um ponto de encontro de cultura e educação. O que a gente espera dessa exposição é conectar e promover discussões que avancem de maneira objetiva. Arte e cultura são espaços importantes de reflexão que nos potencializam a avançar enquanto sociedade. Este é um tema pertinente, sobre o qual vamos nos posicionar ao longo das próximas décadas. As escolhas que fizermos vão definir a vida dos nossos filhos e netos”, disse. 

Países na luta pelo meio ambiente

O embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, disse que a exposição está inserida nos objetivos dos dois países de lutar pelo meio ambiente, principalmente por meio do combate às mudanças climáticas. “A exposição torna possível ao visitante compreender melhor as mudanças climáticas, a importância das políticas públicas e o papel de cada indivíduo na transição energética. Cada visitante é incentivado a pensar sobre as escolhas estratégicas para garantir a descarbonização das nossas economias e alcançar os objetivos do Acordo de Paris de 2015”, afirmou. 

Patrícia Galvão, da Ponto de Produção, leu uma mensagem do museu Citéco, que expressou gratidão à equipe brasileira pelo comprometimento, competência e confiança. “Embora muitas vezes esse tema seja percebido como complexo ou técnico, é uma questão que diz respeito a todos nós, pois as decisões que tomamos hoje voltarão para a sociedade, principalmente para as gerações futuras. Em um mundo sobrecarregado de informações, é crucial focar no que realmente importa. Essa questão transcende fronteiras e acreditamos que deve atingir o maior público possível”, afirmou. 

Adriana Ramos, especialista em política ambiental e coordenadora do Observatório do Clima, afirmou que a exposição é provocativa e oportuna, contextualizando a energia na questão da justiça climática e da dimensão ambiental e social. “O crescimento econômico não precisa elevar as emissões, precisamos apostar na descarbonização e em metas climáticas ambiciosas. Mesmo com um cenário complexo, é possível o Brasil ser o primeiro país a atingir a descarbonização”, afirmou.

“Que energia queremos movimentar, a serviço de quem e com quais consequências? O assunto precisa sair dos circuitos acadêmicos e de especialistas, indo para escolas, museus e o dia a dia das pessoas. Precisamos deixar com linguagem clara e acessível. A questão de energia é também questão de justiça.” 

Responsabilidade sobre o futuro energético

Na exposição interativa “Energia, Sou Watt?”, em cartaz a partir de 9 de maio no SESI Lab, especialistas e representantes da sociedade civil guiarão os visitantes com informações para que assumam o controle de decisões estratégicas e aprendam mais sobre o tema. 

Cada visitante tem a responsabilidade de tomar decisões sobre o futuro energético de uma cidade, estado ou país, equilibrando demandas sociais, econômicas e ambientais. Ao longo de dez estações, equipadas com dispositivos interativos, são apresentados problemas reais sobre um tema cada vez mais urgente, construindo, passo a passo, um mix energético equilibrado e com metas até 2050. 

O jogo imersivo da exposição traz os temas: acesso à energia, dependência de fontes fósseis, matérias-primas renováveis, energia nuclear, energias renováveis, armazenamento, redes, mobilidade, habitação e produção e consumo responsável. Em cada estação, o visitante assiste a um vídeo explicativo, é apresentado a um desafio real e escolhe uma entre três políticas públicas, com pontos fortes e fracos sobre cada uma. 
 
O objetivo é definir estratégias energéticas que garantam a descarbonização até 2050, como previsto no acordo climático assinado por diversos países em 2015, em Paris. Como fazer isso sem comprometer o crescimento econômico e a demanda por energia? O mix energético deve equilibrar produção e consumo, garantir aceitação social e ser financeiramente viável. 

Conheça mais sobre a exposição “Energia, Sou Watt?”.

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