O SESI Lab e a Shell firmaram uma parceria inédita que vai impulsionar projetos do museu. Um dos focos da iniciativa é o desenvolvimento de atividades que facilitem a compreensão do processo de transição energética, que converge com o tema anual do espaço de arte, ciência e tecnologia, sediado em Brasília.
Durante os dois anos de parceria, a Shell vai apoiar tanto atividades educativas como culturais. A empresa é uma das maiores incentivadoras privadas da educação científica e cultural no país e se une agora ao SESI Lab no esforço de popularização da ciência e de diálogo com a sociedade sobre temas relevantes da contemporaneidade.
Os recursos serão destinados, em sua maioria, à execução do festival do Brinca+ - programa voltado ao público infanto-juvenil, realizado nos períodos de férias escolares – e à oferta de atividades educativas ao longo de todo o ano, que vão explorar a ligação entre energia, água e alimentos. A empresa vai liderar também o festival do tema anual que em 2025 acontece em junho, sobre o tema de energia.
Com esse apoio, a Shell garante o atendimento a pelo menos 60 mil visitantes a cada ano no museu, tanto pela oferta de gratuidade de bilheteria como de atividades culturais e educativas desenvolvidas especialmente no contexto da parceria.
A superintendente de cultura do Serviço Social da Indústria (SESI), Cláudia Ramalho, explica que a parceria foi possível graças aos mecanismos de incentivo da Lei Rouanet.
“A Shell é uma das maiores investidoras privadas em cultura no país e a nossa expectativa é realizar um trabalho de longo prazo, em linha com os esforços que a indústria tem empreendido nessa área”.
A gerente de desenvolvimento institucional do museu, Cândida Oliveira, reforça que o SESI Lab funciona como um espaço de divulgação científica, capaz de oferecer às empresas insumos e insights para novas práticas de investimento social, ao tempo em que permite que compartilhem com a sociedade a sua identidade, valores e entregas de maior impacto em termos de tecnologia. “Nossa maior preocupação é levar ao público informação sobre o valor do que se produz no Brasil, contribuindo com um entendimento mais aprofundado sobre o papel da indústria e da pesquisa para o desenvolvimento socioeconômico.”
Já o gerente executivo de Comunicação da Shell Brasil, Glauco Paiva, defende que a cultura é uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento de um país.
"Um dos nossos objetivos com patrocínios culturais é apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento humano, a educação, a inovação, a diversidade, a equidade e a inclusão, reafirmando o compromisso da companhia com a sociedade brasileira. Por meio do nosso apoio ao SESI Lab estamos possibilitando juntos a transmissão de conhecimentos científicos e tecnológicos e valores sociais para população através da arte", comenta.
Shell e SESI Lab preparam ações sobre transição energética
O Brasil está na vanguarda da transição energética. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apontam que mais de 90% da matriz elétrica brasileira tem origem em fontes limpas. Por outro lado, existem ainda desafios tecnológicos e de investimentos que precisam ser superados no Brasil e em todo mundo para possibilitar maiores avanços.
A parceria entre SESI Lab e Shell visa criar caminhos para explicar para diferentes públicos, de forma descomplicada, esses desafios e as relações intrínsecas entre a produção e consumo de energia, de alimentos e a preservação dos recursos hídricos.

Parceria de longa data
Não é de hoje que a Shell e o Sistema Indústria escrevem histórias inspiradoras em parceria.
Um dos projetos de peso desenvolvido em colaboração foi o protótipo do primeiro veículo autônomo submarino brasileiro (AUV). Batizado de FlatFish, o robô é capaz de ficar em uma estação submarina subaquática por até seis meses sem necessidade de emergir. O equipamento é capaz de planejar e executar, de forma autônoma, uma missão de inspeção de dutos de exploração de petróleo. O veículo sai da estação submarina, desvia de eventuais obstáculos no percurso, graças a sonares, coleta os dados de inspeção e os envia a equipamentos que são acompanhados por um operador na superfície.
Além de impulsionar o intercâmbio com pesquisadores estrangeiros, o projeto foi o ponto de partida para a criação do Instituto Brasileiro de Robótica no SENAI CIMATEC, na Bahia.
Outra parceria de peso entre a Shell e o SENAI CIMATEC é o BRAVE (Brazilian Agave Development – Desenvolvimento da Agave no Brasil), um programa de exploração do potencial do Agave como fonte de biomassa para a produção de etanol, biogás e outros produtos.
O projeto se divide em dois: o BRAVE-Mec tem como foco o desenvolvimento de soluções de mecanização para o plantio e colheita da planta, além de desenvolver um campo experimental de testes, visando promover o cultivo e manejo de diferentes Agaves. Em paralelo, o projeto BRAVE-Ind desenvolve tecnologias de processamento da Agave para a produzir etanol de primeira e segunda geração - aquele obtido por meio das folhas e bagaço da planta, e outros produtos renováveis.
Já em São Paulo, o SENAI, a Shell e a Raízen se uniram para construir o Centro de Bioenergia, em Piracicaba. O moderno conjunto de laboratórios e plantas-piloto tem a missão de desenvolver soluções de descarbonização a partir da cana-de-açúcar. Nos cinco anos iniciais, as pesquisas do Centro de Bioenergia vão focar em ganhos de eficiência e sustentabilidade no processo de produção de Etanol de Segunda Geração (E2G), produzido em escala comercial no país.
O Centro de Bioenergia vai receber investimento inicial de cerca de R$ 120 milhões, dos quais R$ 72 milhões serão financiados pela Shell Brasil.
Sobre a Shell Brasil
Há 111 anos no país, a Shell é uma companhia de energia integrada com participação em Upstream, Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.