Três em cada dez famílias do Sul foram vítimas de roubo ou assalto, informa pesquisa da CNI

Dados inéditos da Confederação Nacional da Indústria mostram que, mesmo assim, a região é a que menos enfrentou situações de violência  no ano passado. População do Sul defende "tolerância zero" para combater a criminalidade

Três em cada grupo de dez famílias da região Sul tiveram uma vítima de roubo ou assalto no ano passado. É um número elevado, mas está abaixo do verificado nas demais regiões. Nas regiões Norte e Centro-Oeste (que foram unificadas na pesquisa), 4,6 em cada grupo de dez famílias tiveram uma vítima no ano passado. No Nordeste, foram 4,4 familías em cada grupo de dez, informa a Nota Econômica 8, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A avaliação inédita de dados regionais mostra que, em cinco anos, a percepção sobre a segurança pública piorou muito em todo o país. No Sul, o número dos que consideram a segurança pública como péssima subiu de 19% em 2011 para 43% em 2016. Mesmo assim, a percepção no Sul é pouco melhor que a das demais regiões. No Nordeste, o percentual dos que avaliam a segurança pública como péssima aumentou de 35% em 2011 para 56% em 2016. No Sudeste, passou de 27% para 50% no mesmo período.

Mesmo com a piora em todos os indicadores pesquisados, um número menor de pessoas do Sul mudaram os hábitos por causa da violência. Naquela região, 57% das pessoas  aumentam os cuidados na hora de sair ou chegar em casa, na escola ou no trabalho. No Nordeste, esse número foi de 73% e, no Sudeste, de 68%. "Além disso, 33% dos habitantes do Sul afirmaram ter deixado de circular por algumas ruas ou bairros, enquanto nas demais regiões esse percentual é igual ou superior a 50% e alcança 58% no Nordeste", diz a pesquisa da CNI.

O estudo mostra ainda que os moradores da região Sul são mais rigorosos que os demais brasileiros em relação às políticas de combate à violência. No Sul, 88% defendem a política do "tolerância zero" e 90% defendem penas mais rigorosas para reduzir a criminalidade. No Nordeste e no Sudeste, o número dos que defendem a tolerância zero cai para 82%. No Norte/Centro-Oeste, é de 81%. No Sudeste, 78% defendem penas mais rigorosas para reduzir a criminalidade. No Norte/Centro-Oeste, esse percentual cai para 74%.

Além disso, mostra a pesquisa da CNI, 37% dos habitantes do Sul acreditam que a legalização da venda e do uso da maconha reduzirá a criminalidade. Nas demais regiões, a média é de 30%.

SAIBA MAIS - A Nota Econômica avalia dados regionais da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Segurança Pública, que ouviu 2.002 em 141 municípios entre 1º a 4 de dezembro de 2016. Acesse a página do documento para fazer o download.

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