Indústria dos calçados mobiliza mais de 30 empresas durante a crise

Já foram doadas mais de 840 mil máscaras de proteção, 250 mil toucas, 250 mil jalecos e aventais

Setor de calçados engaja mais de 30 empresas em campanhas beneficentes

Duramente atingido pelo avanço da pandemia do novo coronavírus no País e no mundo, com seus impactos econômicos e sociais, o setor calçadista brasileiro vem direcionando forças para a responsabilidade social neste momento difícil.

Desde o início da paralisação causada pela covid-19 no Brasil, o movimento #passosdobem já mapeou ações de mais de 30 empresas, que somaram doações de mais de 840 mil máscaras de proteção, 250 mil toucas, 250 mil jalecos e aventais, 35 mil pares de calçados, milhares de litros de álcool em gel, vestuários diversos e doações em dinheiro com reversão de percentuais de vendas para entidades beneficentes e famílias carentes. 

O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, destaca que o momento é de trabalhar em prol da sociedade. “A mobilização do setor é uma espécie de contrapartida social para o Brasil, país que certamente sairá mais forte e humano deste momento difícil pelo qual estamos passando”, comenta. O movimento está auxiliando na sensibilização de mais empresas calçadistas, inspirando diferentes ações pelo Brasil. 

Solidariedade de cada empresa

Uma das maiores fabricantes de calçados do Brasil, a Grendene divulgou a produção e doação de 250 mil kits compostos por jaleco, touca, protetor para pés e máscaras faciais para entidades e hospitais públicos de todo o país. O diretor de Relações com Investidores da empresa, Luiz Antônio Moroni, destaca que a iniciativa tem o intuito de gerar um impacto positivo neste momento de crise econômica e social.

"Trabalhamos todos os dias para gerar um impacto social positivo e entendemos que neste momento esse compromisso deve ser reforçado", disse, ressaltando que, para viabilizar as doações, a Companhia teve o apoio das empresas parceiras Lineforme Termoformados e Plásticos Itália. "Temos profundo respeito e admiração pelos profissionais de saúde e esperamos que, com essa iniciativa, possamos contribuir para que sigam com esse trabalho tão essencial", conclui Moroni.

Outra gigante do setor calçadista engajada no movimento é a Vulcabras Azaleia, que produziu e doou 400 mil máscaras e 3 mil pares de calçados para hospitais brasileiros. “Estudamos e discutimos muito o que poderia ser feito para auxiliar as pessoas diante desse cenário adverso que estamos enfrentando e entendemos que apoiar nossa comunidade, como sempre fizemos, seria o mais coerente e efetivo a se fazer”, comenta o CEO da empresa, Pedro Bartelle.

Do segmento infantil, a Kidy também deu a sua contribuição. A empresa direcionou a produção de calçados, neste momento de retração dos pedidos, para o desenvolvimento de máscaras de proteção. As doações ultrapassaram 95 mil itens para órgãos de saúde, lares de idosos e polícia militar. O diretor acionista Ricardo Gracia, ressalta que as pessoas estavam sem perspectiva de trabalho para este período, e a empresa trabalhou para trazer eles de volta à ativa para trabalhar na confecção das máscaras protetivas.

“Tivemos que adaptar a fábrica. Com essa mudança, além de conseguir manter os empregos dos colaboradores, acabamos gerando empregos e um impacto social positivo de duas formas”, avalia Gracia.

Confira as ações de cada empresa no site da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados. 

A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise

Acompanhe todas as notícias sobre as ações da indústria no combate ao coronavírus na página especial da Agência CNI de Notícias.

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