Por mais mulheres na Propriedade Intelectual

Neste Dia Mundial da Propriedade Intelectual, cujo tema é a participação das mulheres na PI, conheça algumas histórias de mulheres incríveis fazendo a diferença nesse universo

Hoje é celebrado o Dia Mundial da Propriedade Intelectual. Neste ano, o tema escolhido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi) para marcar a data é a participação de mulheres nas diferentes modalidades de propriedade intelectual. 

Todos os dias, usamos produtos e serviços inventados por mulheres. 

Para celebrar a data, a Agência de Notícias da Indústria trouxe alguns exemplos de mulheres incríveis que carregam no dna a criatividade, o empreendedorismo e o conhecimento para melhorar o mundo. 

Fernanda Neumann, química e pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação de Biossintéticos e Fibras 

Química, pesquisadora, mestre em Engenharia de Biocombustíveis e Petroquímica e doutora em Propriedade Intelectual e Inovação. Com um currículo tão robusto, Fernanda Neumann ainda poderia acrescentar ao portfólio a experiência de impulsionadora de patentes - já que junto da equipe de Coordenação de Inteligência Competitiva do Instituto SENAI de Inovação (ISI) Biossintéticos e Fibras viu a análise de uma patente que costuma levar em média 10 anos ser concluída em apenas um.

O projeto, um dos diversos com os quais Fernanda contribuiu por meio de auxílio estratégico em quase sete anos no SENAI CETIQT, propôs implementar uma nova formulação no DNA da fibra para torná-la um composto antichama que cause menos impacto ao meio ambiente, menor risco às pessoas e baixo custo, para uso em produtos como roupa de cama, tecidos em geral, carpetes e isolamentos térmicos e acústicos. 

Além da parceria do ISI no projeto de pesquisa, todo o processo, desde a oportunidade de depósito da patente até a concessão, contou com o acompanhamento e a participação da equipe de Inteligência Competitiva. 

Fernanda e a carta de concessão da patente

Mas como o resultado em tempo recorde nesse projeto foi possível? A expertise em Propriedade Intelectual pode ter ajudado: é fato que o trâmite é prioritário para os processos de proteção de PI como os que envolvem tecnologia já disponíveis no mercado.

"A Propriedade Intelectual é um universo, temos diversas formas de usar esse conhecimento. Como pesquisadora, eu uso a PI como fonte de informação para orientar os clientes de forma estratégica na tomada de decisão. O nosso trabalho é fazer a parte de inteligência, desenhar a estratégia de propriedade intelectual junto com o interessado", explica a pesquisadora.

Para a doutora Fernanda, tem sido gratificante ajudar pesquisadores e empresas a atingir a melhor performance possível em termos de estratégia de PI. E parece que para eles também: em menos de sete anos, o ISI foi de zero a 28 documentos de patente depositados.

"Eu fico muito feliz, entrei no SENAI como bolsista, foi meu primeiro emprego e tenho muito orgulho disso. Comecei a me envolver mais com o tema e a desenvolver essa competência aqui dentro porque é muito importante usar a PI para o nosso benefício, como estratégia dos ISIs para fortalecer nossa marca. Tenho muito orgulho de avançar com o instituto e com a equipe", conclui

Franci Odebrecht e Bruna Arsati, designers, fundadoras da GRETA

Se você já teve a sorte de pousar no site ou na loja da GRETA, provavelmente já se encantou com as peças autorais desenhadas por Franci e Bruna. 

Força e delicadeza conversam naturalmente nas peças de latão, prata, ouro e pedras naturais criadas pela dupla. Todas sempre ligadas pela força do feminino. 


"A GRETA, marca de joias contemporâneas, tem como um de seus pilares a valorização da presença de mulheres na atividade de design de joias.

A empresa acredita que a inclusão feminina na indústria é essencial para garantir a diversidade e a inclusão em um mercado, que historicamente foi dominado por homens.

Com perspectiva singular e ideias inovadoras, as mulheres trazem uma abordagem única para a joalheria artesanal. A inspiração feminina é influenciada por fatores como a natureza, a arte e a história através do seu próprio viés, que por consequência transformam-se em joias que levam em conta os corpos e os desejos das mulheres.

Sendo uma empresa majoritariamente feminina, a GRETA entende a importância de servir como uma referência profissional para outras mulheres que buscam ingressar nesse ramo.

Com uma equipe especializada e dedicada, a marca tem orgulho de transmitir para suas colaboradoras o conhecimento que desenvolveu na área ao longo dos seus 6 anos de existência.

A GRETA acredita que a celebração e o incentivo à participação feminina na atividade de design de joias são fundamentais para a diversidade, inclusão e progresso da indústria da joalheria. As mulheres são uma peça fundamental na evolução do mercado de joias, e a GRETA se orgulha em fazer parte deste movimento."

Eliane Müller, diretora da Associação dos Bananicultores de Corupá 

Doce como a banana de Corupá, não há. A pequena cidade do norte catarinense foi reconhecida como uma indicação geográfica pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 2018. 

Muitas mãos de mulheres fazem parte do cultivo da banana mais doce do Brasil. Uma das vozes que fala por elas é a de Eliane Müller, diretora da Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco). 


"Cada vez mais nós encontramos mulheres que desempenham papéis importantes na transformação da sociedade e também em diversas áreas, não consigo mais imaginar uma área profissão ou ofício sem as mulheres como protagonistas. Sabemos também os enormes desafios que enfrentamos todos os dias. Cada vez mais existe a necessidade de incentivarjovens meninas e mulheres e também de mostrar a importância da participação delas na área da propriedade intelectual. 

Não há como falar de verdade intelectual sem levar para minha realidade na região de Corupá, onde se produz a banana mais doce do Brasil. 

Nossa agricultura tem algo de muito particular é a força de centenas de famílias que juntas produzem a banana mais doce do Brasil, mas dentro desse contexto há um quesito todo especial: a ação das mulheres na produção dessa fruta.

Nossas mulheres agricultoras trabalham dia a dia e arduamente para o cultivo da fruta. Mas acima de tudo, elas trabalham para transformação do mundo para um ambiente melhor para criar os seus filhos, elas desenvolvem ações inovadoras e criativas, desde o trabalho com a família na lavoura até a transformação pelo artesanato. Não há como falar de indicação geográfica da banana da região de Corupá sem ligar essa produção valorosa ao trabalho das mulheres.

Tem uma frase que diz que existem mulheres fortes e existem aquelas que ainda não descobriram a sua força. O que uma mulher tem de mais importante é a determinação a coragem para enfrentar os desafios e se reinventar todos os dias. 

Nesse Dia Mundial da Propriedade Intelectual, e nome da Associação dos Bananicultores de Corupá, venho parabenizar todas as mulheres inovadoras, as mulheres cientistas as mulheres, que transformam a realidade da sua comunidade e, acima de tudo, eu venho parabenizar as nossas mulheres agricultoras aquelas que produzem a banana mais doce do Brasil."

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