CNI aponta insegurança jurídica como uma das barreiras para crescimento do país

"Ausência de regras em diversos setores da economia amplificam o momento de incerteza e de queda de confiança do empresariado e investidores", diz José Augusto Fernandes, diretor de Políticas e Estratégias da CNI

"É necessário adaptar a política industrial às mudanças no sistema de produção, ainda extremamente arraigada aos anos 60 e 70” - José Augusto Fernandes

O diretor de Políticas e Estratégias da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, apontou a questão da insegurança jurídica como um dos obstáculos para os investimentos. Ele participou hoje (13), no Rio de Janeiro, do XXVI Fórum Nacional “Um novo Brasil: Brasil das reformas e das oportunidades”. O evento é organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae).

Durante o debate “Brasil – aproveitamento de grandes oportunidades”, José Augusto disse que a ausência de regras em diversos setores da economia amplificam o momento de incerteza e de queda de confiança do empresariado e investidores. Em março deste ano, por exemplo, o Índice de Confiança do Empresariado Industrial chegou a 52,5 pontos, abaixo da média histórica, que é de 58,2. 

Ele ressaltou ainda que o sistema de gestão das empresas também merece atenção para o Brasil seguir no rumo do crescimento sustentado. “Mudanças nos salários, produtividade, custos de energia e taxa de câmbio tiveram efeitos expressivos sobre a estrutura de custo da indústria brasileira. É necessário adaptar a política industrial às mudanças no sistema de produção, ainda extremamente arraigada aos anos 60 e 70”, afirmou. 

José Augusto também defendeu a ideia de que a criação de marcos regulatórios setoriais e a segurança jurídica, somados à modernização da política industrial, são a chave para a retomada do crescimento econômico. 

FÓRUM NACIONAL – O Fórum é uma associação de cerca de cem dos principais economistas, sociólogos e cientistas políticos do país, iniciada em 1988. O objetivo é oferecer propostas concretas para a modernização da sociedade brasileira. Em 1991, o Fórum Nacional foi formalizado e adquiriu permanência, com a criação do Inae.

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