Indústria do Mercosul pede prioridade ao bloco e mais diálogo com setor privado

Em carta, CNI, União Industrial Argentina, a União Industrial Paraguaia e a Câmara de Indústrias do Uruguai pedem transparência e vontade política para que esse processo avance. Reunião de cúpula será quinta-feira (2)

"O processo de integração do Mercosul vem enfrentando problemas, que parecem crônicos, há muitos anos", afirmam os países em carta

Representantes do Conselho Industrial do Mercosul aprovaram uma declaração conjunta para defender a importância do bloco para suas economias. No documento, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a União Industrial Argentina (UIA), a União Industrial Paraguaia (UIP) e a Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU) afirmaram que, no atual contexto econômico, esse processo de integração se encontra em um momento crucial para sua existência.

“O processo de integração do Mercosul vem enfrentando problemas, que parecem crônicos, há muitos anos. Esses problemas só serão superados por uma vontade política firme e sólida dos governos e dos setores privados dos Estados do Mercosul. Cada uma das questões pendentes na agenda interna e externa do Mercosul deve refletir os interesses comuns para avançarem”, afirma a carta.

O documento foi aprovado nas vésperas da reunião da Cúpula dos Presidentes do Mercosul, marcada para esta quinta-feira (2), de modo virtual.

CNI defende internalização de acordos e redução da burocracia no comércio exterior

Entre outras agendas, a CNI defende a internalização dos acordos entre o Mercosul e a União Europeia e Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco que reúne Suíça, Liechtenstein, Noruega e Islândia, assinados em 2019. Também defende a conclusão do acordo de livre comércio com o Canadá e o lançamento de negociações com países da América Central.

Na agenda interna do Mercosul, a CNI também defende a internalização do acordo em Compras Públicas, assinado em 2017, e do acordo em Facilitação de Comércio, assinado em 2019, bem como um compromisso dos governos dos quatro países em não aplicar medidas restritivas ao comércio intrabloco, sobretudo nesse período recessivo e de combate à pandemia do coronavírus. 

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