Empresários brasileiros e suecos querem ampliar agenda comercial entre os dois países

Para o diretor de Política e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, o encontro acontece em um momento importante, no qual o Brasil aprofunda as discussões sobre como aumentar sua inserção no mercado global

O diretor de Política e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, fala à delegação sueca, formada por autoridades, representantes de centros de pesquisa e inovação e dirigentes de empresas daquele país

Os rumos do comércio exterior e as potencialidades nas relações bilaterais foram discutidas no encontro Brasil-Suécia: Comércio no Século 21, que reuniu empresários e representantes dos governos dos dois países. O evento, realizado na sede Confederação Nacional da Indústria (CNI) na tarde desta quinta-feira (21), em Brasília, faz parte da visita ao Brasil de uma delegação formada por 40 pessoas, entre autoridades, representantes de centros de pesquisa e inovação e dirigentes de empresas suecas. Eles pretendem negociar a ampliação da agenda comercial e a cooperação para inovação e educação entre os países e, além de Brasília, visitam São Paulo e Belo Horizonte. 

Para o diretor de Política e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, o encontro acontece em um momento importante, no qual o Brasil aprofunda as discussões sobre como aumentar sua inserção no mercado global e também a produtividade da indústria. "A Suécia foi muito relevante para o Brasil nesse aspecto, pois a cooperação com o país foi um ponto de partida para esse assunto", disse. 

"O Brasil é um parceiro importante para a Suécia. É por isso que estamos aqui, é por isso que organizamos uma das maiores missões diplomáticas desde 1999", afirmou o ministro de Indústria, Comércio e Inovação sueco, Mikael Damberg. Segundo ele, apesar dos desafios econômicos brasileiros, a visão que o Estado sueco tem da relação com o Brasil é de um investimento de longo prazo e citou a venda dos caças Saab como uma "plataforma para a cooperação entre os países". 

Entre as companhias presentes na visita, estão algumas das grandes indústrias suecas em expansão no mercado brasileiro, como a Saab, fabricante dos caças comprados pelo governo brasileiro no ano passado; a Sandvik, gigante da engenharia e tecnologia industrial que atua no setor de aço; e a ABB, uma das líderes de mercado em tecnologias de energia e automação. 

TENDÊNCIAS - À frente da Agência Nacional de Políticas de Comércio Exterior da Suécia (National Board of Trade - NBT), instituição considerada uma das principais referências em estudos sobre o assunto, Anne Stellinger afirmou que a política comercial não pode mais ser restrita à análise de balança, mas deve ser direcionada à facilitação do fluxo de produtos e serviços. "O comércio de hoje não é mais o mesmo de dez, nem de cinco anos atrás. Precisamos entender como funciona a integração das economias e da produção e tornar esse processo mais fácil. Esse é o papel dos formuladores de políticas públicas", avalia. 

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