Em seminário, CNI destaca papel do Congresso para a entrada do Brasil na OCDE

Entre os seis candidatos, o Brasil é o mais convergente com instrumentos da organização. Para a indústria, processo já tem reflexos positivos sobre a economia brasileira

O diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, destacou nesta quinta-feira (21) o papel que o Congresso Nacional deve desempenhar para contribuir para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na avaliação de Abijaodi, uma das missões do Congresso é, primeiro, mobilizar parlamentares para a importância estratégica de o Brasil se tornar membro da OCDE. Além disso, o diretor enfatizou que o Poder Legislativo precisa cooperar com o Poder Executivo na implementação de reformas estruturais para o país, além de participar ativamente da Rede Global de Parlamentares da OCDE.

“É importante que o Congresso Nacional tenha papel preponderante nesta frente, para que os parlamentares possam acompanhar esse processo desde o início e contribuam com suas opiniões durante tudo o que vamos enfrentar daqui para frente”, disse o diretor.
Abijaodi participou nesta manhã do Seminário Internacional Novos Anseios da Política Externa Brasileira: Renovar para Avançar, organizado pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

CONVERGÊNCIA - O diretor apresentou dados que mostram que, entre os seis candidatos a ingressar na OCDE, o Brasil é o mais convergente com instrumentos da organização. Ao todo, o Brasil já aderiu a 82 instrumentos de um total de 253 exigidos, o que corresponde a uma taxa de 32% de convergência. Argentina (19%), Romênia (17%), Peru (17%), Croácia (10%) e Bulgária (7%) apresentam índices de aderência menores que o do Brasil. 

“Estamos na estratégia correta, a cada dia nos aproximando das práticas da OCDE, o que reverbera de forma positiva sobre nossa economia”, disse o diretor.

O pedido de acesso à OCDE foi feito pelo Brasil em março de 2017. Se o pedido for aceito, o país terá de assumir compromissos com impactos significativos na economia e na indústria. Na avaliação da indústria brasileira, a entrada do Brasil na OCDE trará benefícios para o Brasil como a melhoria do ambiente de negócios, a maior atração de investimentos, mais competitividade e melhora na imagem internacional do Brasil.

Abijaodi afirmou que a indústria brasileira trabalhará de forma constante em colaboração com os poderes Executivo e Legislativo para que o Brasil implemente reformas e se aproxime ainda mais das melhores práticas da OCDE. “Vamos ainda mobilizar empresários para que eles se engajem nas pautas da organização e realizar estudos sobre o tema”, disse o diretor. 

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