A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lamenta profundamente o falecimento do ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, aos 86 anos, nesta quinta-feira, em Belo Horizonte.
Engenheiro agrônomo e ex-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Paolinelli foi um dos nomes mais destacados da agropecuária brasileira. Seu trabalho como ministro, entre 1974 e 1979, no governo de Ernesto Geisel, está na origem da grande expansão que o setor experimentou nas últimas décadas.
No período em que esteve à frente do ministério, Paolinelli criou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que teve papel fundamental na revolução agrícola do Brasil, baseada em ciência e tecnologia. As ações do ministro foram preponderantes para que o país passasse a ocupar uma posição de liderança na produção mundial de alimentos.
Mineiro nascido em Bambuí, Alysson Paolinelli foi deputado federal constituinte e secretário de Agricultura de Minas Gerais por três vezes. Em seus cargos públicos, idealizou e implementou diversos programas de crédito agrícola, projetos de colonização e assentamento, e políticas gerais de desenvolvimento do setor. Foi essencial para o alargamento da área agricultável no país, com expansão para o Cerrado.
Pela importância de sua atuação na segurança alimentar mundial, foi premiado com o prestigioso World Food Prize e chegou a ser indicado para o Prêmio Nobel da Paz por duas vezes. Na última década, à frente do Instituto Fórum do Futuro, Paolinelli esteve imerso no debate sobre o desenvolvimento sustentável, com base na pesquisa científica e tecnológica.
Seu falecimento deixa uma enorme lacuna no setor produtivo brasileiro. Seu exemplo de empresário e homem público seguirá como uma inspiração para todos os que trabalham pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil.
A CNI expressa sinceras condolências à família, em especial à viúva, dona Marisa Gonzaga, aos amigos, aos colegas empresários do setor agropecuário, à comunidade mineira e a todos os que tiveram o privilégio de conviver com o saudoso Paolinelli, na esperança de que encontrem conforto espiritual neste momento de tristeza.
Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria