Salas de arquivo viraram exceção nas grandes empresas ligadas à tecnologia em todo mundo. O crescimento da digitalização de dados e informações é um processo cada vez mais frequente por causa de benefícios como economia de espaço, de custo e maior qualidade de armazenamento. Porém, este processo beneficia hackers e terroristas digitais que tentam invadir os sistemas de grandes empresas para roubar informações e alterar dados.

Com isso, as corporações perceberam que tem a necessidade de se proteger contra estes ataques virtuais. Nesta semana, a Agência CNI de Notícias entrevistou o coordenador de curso de redes de computadores Edson Venicius Jung para falar sobre a profissão de Analista de Segurança e Defesa Digital que, em poucos anos, deve se tornar uma profissão bem conhecida dentro de grandes empresas. Confira:

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - O que influenciou a criação desta profissão?

EDSON JUNG - A grande quantidade de movimentos sociais criou grupos digitais que se sensibilizaram e passaram a atuar dentro do espaço online com roubo de informação e sequestro de domínios online.

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - Por isso que as grandes empresas vão procurar este profissional?

EDSON JUNG - Sim, é muito provável que as grandes corporações do setor de tecnologia e prestação de serviços tenham de procurar cada vez mais estes profissionais. Como a própria Google ou a Microsoft. É uma tendência muito forte por causa da virtualização e armazenamento de informação em nuvem.

AGÊNCIA CNI DE NOTÍCIAS - Quantos anos a nova profissão vai chegar no Brasil?

EDSON JUNG - Já está em uma ascendente, porque cada vez mais aparecem grupos que utilizam ataques digitais a empresas para tirar vantagem ou como tipo de protestos. Pode não estar regulamentada, mas já existem profissionais responsáveis pela segurança de empresas identificando quem está acessando ou tentando invadir o servidor da empresa. É questão de 3 a 5 aos para que a gente ouça falar mais sobre a profissão.