Instituto SENAI de Inovação no sul de Minas apoiará o desenvolvimento do setor elétrico

Com investimentos de R$ 425 milhões, o Instituto entra em operação em 2020, consolidando-se como o maior complexo para a inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica da América Latina

A cidade de Itajubá, no sul de Minas Gerais, será sede de novo Instituto SENAI de Inovação, o Centro Empresarial de Desenvolvimento de Inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica (ISI-CEDIIEE). Com investimento de R$ 425 milhões pelo realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pelo Governo do Estado, o Centro será referência na América Latina para soluções inovadoras no setor. 

Previsto para entrar em operação em 2020, o complexo laboratorial será equipado com tecnologia de ponta e atenderá as demandas do setor elétrico e eletrônico por testes de alta-tensão, alta potência, elevação de temperatura e ensaios mecânicos, entre outros, todos essenciais à competitividade da indústria. O Instituto promoverá ainda a oferta de pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnológico de alta qualidade para indústrias de máquinas e equipamentos elétricos, nacionais e internacionais.

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Olavo Machado Junior, o novo centro tem papel fundamental na diversificação econômica de Minas Gerais e vai contribuir para criação de soluções para o mercado, geração de negócios e fomento de emprego e renda. “Estamos construindo um espaço propício à inovação e ao desenvolvimento de novas tecnologias capazes de agregar valor aos produtos e de adensar cadeias produtivas em nosso estado”, afirma. 

Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, o esforço do Sistema Indústria no fomento à inovação e aos avanços tecnológicos do país é uma constante. “O novo Instituto promoverá a competitividade e inserção de novos negócios, em um mercado antes restrito. Além disso, irá incentivar a geração de empregos qualificados e impulsionar atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, diz.

INVESTIMENTO – Para a construção do complexo laboratorial, o SENAI vai investir R$ 125 milhões e buscar outros R$ 188 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já o Estado investirá aproximadamente R$ 110 milhões no novo centro. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) vão disponibilizar R$ 40 milhões cada para o desenvolvimento de projetos e pesquisa. Já a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), irá aplicar R$ 32 milhões na construção do módulo C – edifício de 60 mil metros quadrados, destinado à instalação do Laboratório de Alta Tensão.

O investimento, para o presidente da Codemge, Marco Antônio Castello Branco, é fundamental. Ele explica que uma avaliação dos 24 setores mais importantes da indústria de transformação apontou que o setor elétrico é um dos segmentos em que a indústria mineira é mais competitiva do que a paulista. “Com a oferta de laboratórios de tecnologia, as empresas poderão desenvolver produtos e ampliar o mercado”, disse.

O INSTITUTO – As obras do Centro Empresarial de Desenvolvimento de Inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica foram iniciadas em janeiro de 2015, e a expectativa é que sejam concluídas até 2020, colocando o Instituto entre os dez maiores do mundo. O complexo laboratorial ocupará uma área total de 210 mil metros quadrados e 60 mil metros de área útil, e será pioneiro na América Latina na pesquisa e desenvolvimento de novos equipamentos.

A estrutura contará, inicialmente, com quatro laboratórios para atender à demanda da indústria: Alta Potência, Alta Tensão, Elevação de Temperatura e Ensaios Mecânicos. O Laboratório de Alta Potência terá um gerador próprio, o que o torna independente da concessionária e garante total flexibilidade para sua utilização. Já no Laboratório de Alta Tensão poderão ser ofertados ensaios como tensão aplicada sob frequência industrial a seco e sob chuva, impulso atmosférico e de manobra, tensões combinadas e medições de descargas parciais.

As instalações permitirão à indústria brasileira desenvolver novos equipamentos e sistemas, comparáveis com outras tecnologias de ponta no mundo. Poucos países contam com uma infraestrutura similar de P&D&I integrada ao setor industrial e permitem a realização de testes em equipamentos elétricos e eletrônicos como os previstos no ISI-CEDIIEE, como Canadá, Holanda e Japão.

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