Os participantes vieram de 11 estados e, antes de chegar à etapa nacional, passaram por oito regionais. Durante os dois dias de provas, eles – que têm idade entre 9 e 14 anos –, vão apresentar robôs construídos para cumprir desafios que simulam dificuldades vivenciadas por pessoas idosas, como arrastar móveis, cumprir horários de tomar medicamentos e localizar-se quando há problemas de memória.
Durante as provas, além de entregar o projeto do robô – que pelo regulamento oficial deve cumprir 13 tarefas na área de competição –, e da pesquisa desenvolvida para chegar ao produto final, os participantes são avaliados por meio de critérios como inspiração, trabalho em equipe e profissionalismo.
"Hoje, crianças e jovens encontram tudo pronto. Em torneios como este, despertamos neles a vontade de projetar. Mostramos que pode ser mais divertido criar do que consumir tecnologia pronta", descatou Marcos Weslley, presidente do Instituto Aprender Fazendo, parceiro do SESI na realização do evento.
EQUIPES - De São Vicente, litoral de São Paulo, a equipe Equilibrium compete desde 2009. Em 2011, levou o prêmio de melhor robô. A estratégia para manter o bom resultado? Um relógio. Desenvolvido por cinco estudantes com idade entre 14 e 15 anos, o robô avisa a hora de tomar medicamentos. "Ele está pronto desde a etapa de São Paulo, em setembro do ano passado. De lá pra cá, viemos aprimorando", contou Ana Flávia.
Da capital baiana vieram estudantes de duas escolas do SESI: Reitor Miguel Calmon e Djalma Pessoa. Eles criaram o “Bebê monstro”, um robô capaz de aproximar a cadeira da mesa. Gesto simples, mas que facilita muito para o idoso o ato de sentar-se à mesa. Na bagagem, Murilo de Jesus Conceição Silva, 13 anos, disse que tem muita alegria, vontade de competir e respeito ao próximo. “Para chegarmos ao robô, como ele está hoje, o trabalho foi árduo. Começamos em dezembro”, lembrou.
A Lego Tchers, do SESI de Sertãozinho, conta com sete meninas e um menino com idade entre 13 e 14 anos. Para chegar à etapa nacional, eles criaram um dispositivo contra vazamentos de gás de cozinha. Um sensor, que fica dentro da panela, envia um sinal à válvula que corta a passagem do gás. “O corte acontece quando a temperatura chega a 97 graus, para evitar que o alimento queime”, explica Gabriela Marcelino.
Presente à abertura, o diretor-superintendente do SESI, Renato Caporali, agradeceu aos organizadores do torneio e ao SESI DF. Em seguida, destacou a validade do espírito de competição e relembrou a importância da participação de todos os estudantes.
TRANSMISSÃO – Neste sábado e domingo (10 e 11), sempre a partir das 9h, você pode acompanhar as imagens do torneio pela internet. Basta acessar a transmissão ao vivo. Não perca! Mais novidades também pelo Twitter: @CNI_br.
ENTENDA O TORNEIO – O Torneio de Robótica FIRST® LEGO® League (FLL) é realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e o Instituto Aprender Fazendo, em conjunto com os parceiros fundadores LEGO e a organização americana FIRST. A iniciativa contribui para despertar nos alunos de escolas públicas e particulares o interesse pelo estudo das ciências, dentro do próprio ambiente escolar, fortalecendo a capacidade de inovação, criatividade e raciocínio lógico e inspirando a seguir carreira no ramo da engenharia, matemática e tecnologia.
