Um empresário demora oito anos para registrar uma patente no Brasil. Se fosse na Coréia do Sul, conseguiria o documento em três anos e, nos Estados Unidos, em três anos e meio, em média.
O gargalo é na fila de processos diante do pequeno número de examinadores, aponta levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) e de escritórios estrangeiros.
Por conta da falta de pessoal, demora seis anos para a documentação começar a ser analisada no país, enquanto a média dos EUA é de dois anos. Hoje, o INPI conta com 273 examinadores.
Segundo o cálculo da CNI, para se aproximar das duas grandes potências em produtividade seria necessário chegar a quase 600 examinadores.
A CNI discute o assunto nesta quarta-feira, em Brasília, no seminário "Propriedade Intelectual: Onde estamos global e localmente?". Estão confirmadas as participações do presidente do INPI, Jorge Ávila, de representantes da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).