Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados oficiais, apontou que o transporte aéreo de passageiros aumentou 20,4% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022.
O número, no entanto, não evidencia uma recuperação integral do setor, uma vez que mesmo com a alta, o setor aeroportuário não superou o período pré-pandemia da Covid-19.
No primeiro semestre de 2023, cerca de 53,7 milhões de passageiros utilizaram voos domésticos, enquanto em 2022, o número foi de 44,6 milhões. A análise dos indicadores da infraestrutura levou em consideração os setores de: energia elétrica, petróleo e derivados, telecomunicações e transportes.
Atrás do transporte aéreo, em segundo lugar, apareceu o tráfego de veículos leves em rodovias federais, índice que expressa o número de viagens de carro.
Houve um aumento de 3,2% na circulação de veículos pesados em rodovias federais pedagiadas em relação ao mesmo período do ano passado. O número foi de 106,9 milhões, em 2022, para 110,3 milhões, neste ano.
Veja os dados:
Recorde de movimentação de cargas nos portos
Ao todo, de 14 indicadores provenientes de quatro setores, 12 tiveram aumento. O acesso à internet móvel e o transporte de carga paga tiveram queda, de 3% (de 259,3 milhões para 251,5 milhões) e 3,4% (de 631,4 milhões para 610 milhões), respectivamente.
Na avaliação da CNI, a alta nos indicadores de transporte marítimo - houve aumento de 7% nas cargas movimentadas nos portos brasileiros - foi expressiva.
O setor vem registrando sucessivos aumentos na quantidade de cargas transportadas, especialmente para o exterior, e neste primeiro semestre de 2023 bateu recorde em relação às cargas movimentadas.
O setor marítimo inclui os indicadores de comércio exterior e de cabotagem. Os dados contabilizam a movimentação de carga nos portos brasileiros.
“O Brasil teve recorde de movimentação de carga nos portos e terminais neste primeiro semestre de 2023, 616 milhões de toneladas. O setor aquaviário tem um potencial enorme de crescimento nos próximos anos, sendo fundamental a atuação do poder público. Garantir maior celeridade no processo de regulamentação da Lei 14.301/2022, por exemplo, é algo que pode impulsionar o transporte por cabotagem no país", explica o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso.