Países precisarão de novas fontes para ter segurança energética

Especialistas ressaltam que capacidade das hidrelétricas não é suficiente para o consumo atual e sugerem energia solar como nova fronteira

A garantia do fornecimento de energia elétrica nos países da América Latina, em especial do Mercosul, passa pela complementaridade das fontes de geração. Foi o que defendeu nesta sexta-feira, 7 de dezembro, o presidente da Galvão Energia, Otávio Silveira, durante o I Fórum Empresarial do Mercosul, realizado pelo Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

“O Brasil deixou de ser um país de fonte única de energia. Ter complementaridade dá mais trabalho, tem de orquestrar o planejamento em mais frentes, mas é o meio de garantir maior segurança energética para o Brasil e também nossos parceiros do Mercosul”, afirmou Silveira. 

Ele argumentou que hoje as usinas hidrelétricas brasileiras não têm mais condições de armazenar em seus lagos água suficiente para gerar energia por três ou quatro anos, como faziam anos atrás, porque o consumo cresceu muito mais rapidamente do que a construção de novas usinas. “É aí que entram as usinas térmicas, que têm a vantagem da mobilidade para serem integradas ao sistema de distribuição de qualquer ponto, e também a eólica, que tem a restrição de localidade, mas é de rápida implantação”, explicou. 

Nos últimos cinco anos, o Brasil começou a construir parques de energia eólica, que, com as novas tecnologias (como turbinas geradoras a cerca de 100 metros de altura), agora podem ser instalados em mais regiões do país, e vai chegar a 8 mil MW/hora em 2016. Silveira ressaltou ainda que a nova fronteira é a energia solar. “Temos enorme potencial também nessa área”, disse. 

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