Criatividade e inclusão ganham vida nas HQs vencedoras da 9ª Jornada Pedagógica

Educadores do SENAI usam estratégias de inclusão e soluções pedagógicas para transformar histórias reais de alunos em sala de aula.

Em 2025, falar sobre inclusão na sala de aula não é apenas necessário, é urgente. No SENAI, professores e instrutores transformam esse compromisso em prática ao ouvir seus alunos com empatia, planejar com base no Plano Educacional Individualizado (PEI) e aplicar as diretrizes do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI).

Com ajustes simples, mas decisivos, eles criam oportunidades para que cada estudante aprenda, participe e avance. Esse espírito inspirou o concurso “Foi aí que usei a criatividade”, reunindo histórias reais em Histórias em Quadrinhos (HQs) curtas e potentes que mostram como a criatividade pedagógica pode mudar trajetórias. 

1º lugar – Weslyn Ivan Chaves Figueiredo 

Ao atender um estudante com dificuldades de leitura e escrita, Weslyn Ivan Chaves Figueiredo, instrutor de Tecnologia da Informação do SENAI Macapá (AP), desenvolveu um método visual e tátil, combinando o software de programação visual Flowgorithm com desenhos no papel para facilitar o aprendizado de lógica de programação. Essa abordagem foi transformada na HQ “Jovem Padawan”, que conquistou o primeiro lugar no concurso. 

“Foi uma experiência incrível. A jornada para criar a HQ me fez revisitar e refletir sobre a minha prática pedagógica, reafirmando o quanto a criatividade e a empatia são ferramentas poderosas. Ver a história do ‘Jovem Padawan’ ser reconhecida em nível nacional é muito gratificante e reforça a minha paixão pela educação”, afirma Weslyn. 

 

2º lugar – Gardênia da Silva Souza 

Entre máquinas, moldes e tecidos em João Pessoa (PB), Gardênia da Silva Souza, docente de Vestuário e Têxtil do SENAI Odilon Ribeiro Coutinho, viu que a inclusão começa nos detalhes: a altura da mesa, a iluminação, o ritmo das atividades. Essa prática virou história em quadrinhos e lhe rendeu o segundo lugar no concurso. 

“Foi uma experiência muito gratificante. Unir criatividade e propósito para retratar a inclusão em um formato de HQ me permitiu transformar um caso real em uma narrativa inspiradora. O segundo lugar foi um reconhecimento valioso para o tema e para o trabalho desenvolvido”, afirma Gardênia. 

Sua HQ mostra, de forma lúdica, como adaptações simples e acessíveis em máquinas e ambientes podem transformar sonhos em realidade e promover a inclusão de maneira eficiente. 

3º lugar – Claudia Antunes Dias 

Em Blumenau (SC), Claudia Antunes Dias, especialista de Ensino em Educação Inclusiva, enfrentou o desafio de condensar a vivência de um aluno em apenas quatro páginas de HQ. O estudante Bernardo, tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) classificado como nível de suporte 3, o que representa grandes dificuldades de comunicação, comportamento adaptativo e necessidade de apoio significativo nas atividades do dia a dia. 

“Participar do concurso foi uma experiência única e transformadora. O desafio de traduzir toda a vivência do meu aluno em apenas quatro páginas me levou a pensar de forma criativa e sensível, buscando mostrar não só o trabalho realizado, mas também a essência do Bernardo. Receber o terceiro lugar foi gratificante, mas o maior reconhecimento veio do carinho e do acolhimento da minha unidade, da minha família e dos meus amigos. Esse prêmio não é apenas meu, ele é do Bernardo e de todas as unidades de Santa Catarina que acreditam na força da inclusão”, afirma Claudia. 

O concurso foi uma das atividades da 9ª Jornada Pedagógica, que reuniu professores de todo o país para compartilhar experiências e discutir práticas inclusivas. As histórias premiadas reforçam o papel essencial da criatividade na construção de ambientes de aprendizagem mais justos, acessíveis e inspiradores. 

Confira as HQs na íntegra: 

 

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