Projeto Escola de Energia fortalece formação de alunos dos cursos de Eletrotécnica e Eletricistas

Parceria firmada entre o SENAI e o Grupo Energisa permite a requalificação de docentes e a modernização de laboratórios em quatro estados; mercado para esses profissionais está em alta, mesmo em meio à crise

O vice-presidente da Energisa e o diretor de Operações do SENAI assinaram o termo de convênio que formaliza o projeto Escola de Energia

A área de energia é uma das mais promissoras do mercado. Nos últimos dez anos, o segmento cresceu, em média, 3,2% ao ano, acima do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Os trabalhadores dessa área também terão de ser cada vez mais qualificados, diante da profunda transformação tecnológica promovida pela 4ª revolução industrial e pelas novas fontes energéticas. A fim de formar esses profissionais, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Grupo Energisa, que possui nove empresas de distribuição e transmissão, fizeram parceria em torno do projeto Escola de Energia, que vai capacitar alunos em cursos de Eletrotécnica e Eletricistas de Rede e Predial.

Os cursos serão oferecidos, no segundo semestre, em Mato Grosso, Tocantins, Paraíba e Sergipe.  O aluno do curso técnico em Eletrotécnica vai aprender a aplicar medidas para uso eficiente de energia elétrica e de fontes alternativas, a fazer instalações de sistemas elétricos, entre outras atividades. Esse profissional pode trabalhar, por exemplo, em empresas de geração, transmissão e distribuição de energia; companhias que atuam na instalação, manutenção, comercialização e utilização de equipamentos e sistemas elétricos, assim como em grupos de pesquisa que desenvolvam projetos na área de sistemas elétricos.

Segundo o vice-presidente de Regulação e Relações com Investidores da Energisa, Alexandre Nogueira, o segmento continou a crescer, mesmo diante das dificuldades econômicas enfrentadas pelo país nos últimos anos, pois ainda existe demanda a ser atendida. “O Brasil é um país com um dinamismo muito grande, que ainda necessita de muito investimento por muitos anos, e o setor de energia vem evoluindo, mesmo com todos os percalços. Se a gente fez o setor elétrico no Brasil em 60 anos, nos próximos dez anos vamos fazer muito mais do que fizemos em 60”, avalia.

Para ele, os desafios da 4ª revolução industrial, as novas fontes de energia renovável, como eólica e solar, e um consumidor mais conectado vão exigir das empresas ter profissionais cada vez mais preparados. “A  gente tem de se preparar para uma consumidor mais ativo, exigente, mais consciente. Temos de qualificar cada vez mais os profissionais porque, do outro lado, temos um consumidor com um anseio muito grande por mais qualidade”, afirma Nogueira.

ESPECIALIZAÇÃO – A primeira fase do projeto Escola de Energia foi o treinamento, concluído em abril, de docentes nos quatro estados envolvidos. A Energisa também doou equipamentos, como sistemas fotovoltaicos, para a modernização dos laboratórios de energia do SENAI. Será feita agora uma segunda etapa da especialização dos instrutores com as máquinas que serão utilizadas no curso técnico em Eletrotécnica.

A diretora corporativa de Gestão de Pessoas e Comunicação da Energisa, Daniele Salomão, explica que a parceria começou em 2013, quando a direção da empresa decidiu desativar escolas de formação próprias e determinou  que 100% dos seus colaboradores fossem formados pelo SENAI. Desde então, mais de 800 profissionais da companhia já foram qualificados pela instituição. A empresa possui 13 mil funcionários diretos e conta com o apoio de três mil terceirizados.“A base de formação de nossos eletricistas, por exemplo, agora é toda feita pelo SENAI. Investimos muito em qualificação profissional, pois ela interfere diretamente na qualidade do serviço prestado”, explica Daniele. “Estamos discutindo internamente hoje como a gente percebe a indústria 4.0, o papel do novo cliente e o perfil do novo eletricista no momento em que digitalizamos e automatizamos nossos processos.”

O diretor de Operações do SENAI, Gustavo Leal, destaca que a instituição trabalha, desde a sua fundação há 76 anos, de acordo com as necessidades da indústria. “O SENAI se move no sentido de onde estão os projetos industriais para atender às suas necessidades específicas. Esse tipo de atuação, customizada e muito alinhada à necessidade da indústria, só o SENAI faz no Brasil”, afirma. “Por outro lado, o fortalecimento da infraestrutura tecnológica e do capital intelectual das nossas escolas nos quatro estados envolvidos na parceria com a Energisa fortalece muito o SENAI”, completa.

Em encontro, nesta sexta-feira (8), em Brasília, o vice-presidente da Energisa e o diretor de Operações do SENAI assinaram o termo de convênio que formaliza o projeto Escola de Energia e um protocolo de intenções em torno de ações nas áreas de saúde, segurança no trabalho, tecnologia e inovação prestados pela rede de 25 Institutos SENAI de Inovação e de 57 Institutos SENAI de Tecnologia, assim como pelo Serviço Social da Indústria (SESI).

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