Especialistas buscam solução para baixa escolaridade

De acordo com o professor Cândido Gomes, falha da educação básica resulta em carência de mão de obra e vagas acabam ocupadas por pessoas não qualificadas

Este mês, com base nos dados da pesquisa sobre os baixos níveis de escolaridade dos jovens e dos trabalhadores da indústria, a CNI está propondo um amplo debate para formação de propostas de melhoria do ensino.

Em Cuiabá, o workshop  Educação Para o Mundo do Trabalho , organizado pelo Sistema Fiemt (Federação da Indústria), reuniu empresários, pesquisadores, especialistas em educação e gestores públicos com a finalidade de discutir o que fazer para que as escolas cumpram a função de ensinar o aluno. Além de apreender a língua portuguesa, matemática, entre outras disciplinas, exigir maior participação dos pais na vida escolar dos filhos, valorizar os professores e melhorar a gestão.

Tudo na vida está relacionado à educação, incluindo valores, atitudes e comportamentos, ensina o sociólogo e professor Cândido Gomes. A falha da educação básica generaliza os prejuízos.

No setor da construção civil, diz, o problema não se restringe à carência de mão de obra. Quando consegue preencher as vagas, grande parte é ocupada por pessoas não qualificadas. Trabalhadores incapazes de ler e interpretar um manual que, por causa da falta de conhecimento, se perpetuam no trabalho pesado e com salário baixo.

A conta, diz, é simples: sem mão de obra qualificada, os preços dos imóveis sobem, a entrega atrasa e a qualidade cai. Os prejuízos, assinala, são compartilhados pelo país em todos os setores da economia e com o consumidor.

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