Das 74 equipes que participam do Torneio Nacional de Robótica FIRST Lego League, em Brasília, cinco são de escolas públicas. As demais são da rede particular e do Serviço Social da Indústria (SESI), além de três equipes chamadas de garagem. Particular ou pública, o que se percebe é que a robótica educacional está se consolidando como um projeto bem sucedido entre os estudantes. No SESI, essa metodologia está presente em cerca de 400 escolas. Como organizador do Torneio de Robótica no país, o SESI acabou servindo de inspiração para outras instituições.
Foi assim com a Escola Municipal São Miguel, em Curitiba. Em 2015, ela adotou a robótica como grade extracurricular e, agora em 2017, a equipe Fusion Robôs participa pela primeira vez da etapa nacional da competição. “Nós tínhamos um professor que também dava aula no SESI. Ele apresentou o projeto, a ideia foi aprovada e assim começou a robótica na escola”, conta a professora de Matemática, Ster Blanco. A professora diz que apesar do pouco tempo, a equipe de robótica se tornou um exemplo de sucesso para toda escola. Ouça:
Em Macaé, no Rio de Janeiro, há três anos a robótica também passou a fazer parte da rotina dos estudantes da Escola Municipal Eda Moreira Daflon. Assim como o pessoal de Curitiba, o clima também é de estreia para a equipe Robóticos Daflon na etapa nacional do torneio. O treinador do time, Thales Braga, 22 anos, está otimista em relação ao desempenho dos estudantes. “É muito legal porque eu acompanho parte desse grupo desde as primeiras competições regionais. Eu percebi que eles evoluíram muito e até ganharam prêmios de projetos de pesquisa”, diz.
Para a estudante Helena Nunes, 13 anos, uma das integrantes da equipe, agora a responsabilidade aumenta. “É um desafio diferente. É um torneio maior, com equipes muito fortes, mas não deixa de ser divertido. Passar pela etapa regional foi um incentivo pra gente. Agora é fazer o melhor”, diz.
DO CENTRO-OESTE - No ano passado, o Colégio da Polícia Militar de Goiás (Unidade Ayrton Senna) participou como convidado do Festival SESI de Robótica, durante a Olimpíada do Conhecimento. Agora em 2017, o colégio participa pela primeira vez do Torneio Nacional com a equipe Hogwarts of Lego. Para o professor de Física, Adriano Fonseca, com a robótica, os alunos são estimulados a buscar mais conhecimento no dia a dia. "É um modelo de ensino produtivo. Eles precisam buscar soluções para diversos problemas, que muitas vezes estão fora da sala de aula. Aqui no torneio, eles mostram tudo que aprenderam", finaliza.
Outras duas escolas públicas também participam do torneio: Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, de Curitiba, e a Escola Municipal Jorge de Resende Sobrinho, de Manaus.
A COMPETIÇÃO –O Torneio Nacional de Robótica acontece até domingo (19), no SESI Taguatinga, com entrada gratuita de 9h às 17h. Os visitantes podem acompanhar uma disputa emocionante com robôs de Lego, projetados e programados pelos estudantes. Esses robozinhos precisam cumprir determinadas missões na mesa de competição, baseadas no tema da temporada: Animal Allies (Animais Aliados), como por exemplo, salvar animais de áreas de risco, claro, são todas peças de Lego.
As equipes também apresentam projetos de pesquisa relacionados ao tema. São soluções inovadoras para melhorar a relação entre homens e animais. Os robôs e os projetos são avaliados pelos juízes da competição, que também ficam de olho no comportamento dos times. Trabalho em equipe vale pontos importantes. Ao final, as melhores equipes garantem vagas em torneios internacionais na Austrália, Reino Unido, Estados Unidos e Dinamarca.
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