Educação profissional pode aumentar as chances de conseguir um emprego

Hoje, mesmo com a crise, seis em cada dez profissionais formados pelo SENAI conseguem postos de trabalho em, no máximo, um ano após a finalização do curso

O Brasil tem, atualmente, mais de 14,2 milhões de desempregados, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desse quadro, uma alternativa para se aumentar as chances de empregabilidade é investir na educação profissional. Hoje, mesmo com a crise, seis em cada dez profissionais formados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) conseguem postos de trabalho em, no máximo, um ano após a finalização do curso.

“Com o ensino técnico, o jovem tem mais oportunidade no mercado de trabalho, maior impacto na renda e opções de profissões com salário maior do que o de alguns profissionais com Ensino Superior”, destaca o gerente-executivo de Educação Profissional e Tecnológica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Felipe Morgado. “Técnicos de áreas como petroquímica, mineração, metal e mecânica têm média salarial de R$ 5,6 mil, enquanto a média de salário de jornalistas, nutricionistas e enfermeiros é de R$ 4,6 mil. Ou seja, é preciso desmistificar o Ensino Técnico”, observa.

Uma comparação com outros países mostra que há espaço para se avançar ainda mais na empregabilidade de profissionais técnicos. Segundo a pesquisa Escassez de Talentos 2015, feita pela ManpowerGroup, multinacional de seleção e recrutamento, entre 42 países avaliados, o Brasil é o quarto com maior dificuldade para preencher vagas de trabalho, sobretudo com formação em nível técnico. O estudo mostra que 61% das empresas brasileiras relataram ter dificuldades para preencher as oportunidades abertas em 2015. O Brasil só ficou atrás de Japão (83%), Peru (68%) e Hong Kong (65%). A média mundial foi de 38%.

“Este momento de crise é uma ótima oportunidade de investir em nova qualificação para ajudar a indústria a ser mais produtiva”, diz Felipe Morgado. “A indústria brasileira está em transformação. Está em processo de automatização e uso massivo de tecnologias. Isso exige profissionais qualificados, que serão bem remunerados por seus empregadores”, completa.

O grande diferencial da educação profissional oferecida pelo SENAI é formar trabalhadores para demandas específicas dos mercados de trabalho da indústria. Os cursos são elaborados a partir de dados do Mapa do Emprego, levantamento feito pela CNI que traz uma projeção da oferta de trabalho e analisa quando a indústria vai demandar cada tipo de profissional. Realizado a cada quatro anos, com os vários segmentos da indústria e atualizado semestralmente, teve a última edição lançada em dezembro de 2016.

DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL A PÓS-GRADUAÇÃO - O SENAI oferece cursos de qualificação profissional, educação profissional técnica de nível médio e cursos superiores de tecnologia. Faz, também, oferta de educação continuada nas modalidades de aperfeiçoamento e especialização profissional e pós-graduação. Possui, ainda, cursos de aprendizagem industrial para atender à demanda de uma visão genérica sobre o mundo do trabalho.

Maior complexo privado de educação profissional e serviços tecnológicos da América Latina, o SENAI já formou, em seus 75 anos de existência, mais de 71 milhões de trabalhadores para 28 áreas da indústria brasileira, desde a iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica.

Entre os cursos realizados estão: Auxiliar de Confeitaria, Auxiliar de Manutenção Mecânica (Qualificação Profissional), Técnico em Automação Industrial, Técnico em Mecatrônica, Técnico em Redes de Computadores (Técnico de Nível Médio), Automação Industrial, Logística, Mecatrônica Industrial, Rede de Computadores (Curso Superior de Tecnologia), Reciclagem em Segurança de Instalações e Serviços com Eletricidade (Aperfeiçoamento Profissional) e Aprendizagem Industrial, entre outros.

Segundo Morgado, a partir do segundo semestre deste ano, o SENAI irá oferecer cursos de qualificação para profissionais já capacitados, no esforço de preparar a indústria brasileira para a Indústria 4.0, que inclui conceitos com fábricas inteligentes, Internet das Coisas (também conhecida pela sigla IoT, do inglês Internet of Things), sistemas ciberfísicos e computação em nuvem. “É uma revolução que está em curso em todo o mundo e começou a chegar no Brasil. Precisamos ter profissionais preparados para essa nova realidade”, destaca.

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