Se dependesse das indústrias brasileira e norte-americana, Brasil e Estados Unidos já teriam assinado um acordo de livre comércio. Mas, no momento, essa opção é inviável. O Brasil está atrelado ao Mercosul e qualquer acordo precisa ser negociado com os países do bloco. A saída poderia ser as parcerias setoriais, concluíram os empresários reunidos na 30º plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (CEBEU), realizada nesta segunda-feira, 15 de outubro, em Brasília.
No evento, o ministro Carlos Henrique Abreu e Silva, chefe do Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Ministério das Relações Exteriores, lembrou do bem sucedido Memorando de Entendimento sobre Parceria em Aviação. Esse memorando trata da primeira parceria comercial setorizada e exigiu um grande esforço das duas principais interessadas, a Embraer e a Boeing, com seus governos. Os resultados serão apresentados no próximo dia 23 de outubro, em Washington, dos Estados Unidos, pelo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, e a secretária americana de Estado, Hillary Clinton. Eles preparam um documento para mostrar o fortalecimento da cadeia produtiva da aviação entre os dois países.
“A parceria em aviação é uma iniciativa setorial. Não me atreveria em dizer que é uma tendência”, ressalvou Abreu e Silva. Apesar disso, empresários presentes disseram que é possível avançar em parcerias semelhantes em setores como tecnologia da informação e comunicação, têxtil e confecções. Para isso, o Ministério de Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC) está fazendo uma pesquisa para identificar as áreas em que acordos bilaterais têm chances de prosperar.
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