Falta de mão de obra qualificada prejudica setor de petróleo e gás

A falta de mão de obra qualificada é um dos obstáculos ao desenvolvimento da indústria brasileira do setor de petróleo e gás

A  falta de mão de obra qualificada é um dos obstáculos ao desenvolvimento da indústria brasileira do setor de petróleo e gás. O alerta foi feito pelos participantes do painel que discutiu as oportunidades de investimentos na área de energia no 29º Encontro Empresarial Brasil Alemanha, que será encerrado nesta terça-feira, 20.09, no Píer Mauá, no Rio de Janeiro.

“O problema é sério”, diagnosticou o diretor-presidente da Odebrecht Óleo & Gás, Roberto Paraíso Ramos, durante o painel. Segundo ele, a formação de trabalhadores especializados é uma tarefa de longo prazo que não acompanha o ritmo de evolução das metas de aumento da produção das empresas de petróleo e gás. Por isso, a Odebrecht decidiu contratar trabalhadores de outros países.

Na ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e da Indústria de Base), a estratégia é investir na formação profissional. Além de apoiar o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp),  a associação mantém dois outros programas.

Um deles busca o treinamento e a reciclagem dos executivos que precisam estar atualizados e dominar as novas tecnologias. O outro é o compromisso firmado com o Ministério do Trabalho para formar 100 mil trabalhadores para atender às construtoras. “A formação da mão de obra é um dos grandes desafios do Brasil”, afirmou o vice-presidente da ABDIB, Raph Lima Terra.

No painel, o diretor financeiro e de relações com os investidores da Petrobras, Almir Barbassa, apresentou o plano de negócios da estatal para os próximos cinco anos. A empresa planeja investir US$ 224,7 bilhões no período. Desse total, 57% serão aplicados em exploração de novas reservas, especialmente em águas profundas.

A execução desse plano exigirá a expansão da cadeia de fornecedores da Petrobrás, o que representa um grande atrativo para os investidores alemães. “Vamos produzir tecnologia no Brasil. O mercado está maduro e há uma forte demanda”, destacou o diretor de Inovação da empresa Endress+Houser, de sistemas de automação, Matthias Altendorf.

Anunciou ele que a  Endress+Houser  montará uma fábrica no Brasil para que seus equipamentos tenham conteúdo nacional, ou seja, o número de peças e componentes produzidos no país, exigido nas compras feitas pela Petrobras.

O 29º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha, que reúne mais de 1.500 empresários, é realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a sua congênere alemã, a BDI, com o apoio da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha. A organização é da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).

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