Equilíbrio das contas públicas depende de reformas tributária e da Previdência, afirma vice-presidente da CNI

Em evento promovido pela revista Exame com patrocínio do SESI, Paulo Afonso Ferreira afirmou que propostas elaboradas pela CNI ao novo governo podem fazer Brasil crescer o dobro do índice atual

Se o Brasil mantiver a velocidade de expansão da economia dos últimos 10 anos, de apenas 1,6% anual, o país levará meio século para alcançar a atual renda per capita de alguns países desenvolvidos. A afirmação é do vice-presidente da CNI Paulo Afonso Ferreira. Ele participou da segunda edição do Encontro Exame CEO, nesta quarta-feira (15), em São Paulo.

O evento, realizado pela revista Exame com patrocínio do Serviço Social da Indústria (SESI), reuniu líderes empresariais para discutir estratégias para crescer e criar valor na economia em transição.

"A complexidade do sistema tributário reduz o potencial de crescimento da economia, atrapalhando o funcionamento das empresas e sua integração com o mundo. Vamos precisar de liderança política e entendimento para viabilizar a reforma tributária e a reforma da Previdência Social, sem a qual não será possível equilibrar as contas públicas", disse o vice-presidente da CNI.

De acordo com Paulo Afonso Ferreira, o próximo governo deve estar atento ao Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 - documento elaborado pela CNI que apresenta 43 propostas sobre temas centrais para a competitividade. O Mapa foi entregue aos principais candidatos à Presidência da República em evento ocorrido no início de julho, em Brasília.

"Com reformas econômicas e institucionais, como as sugeridas no Mapa Estratégico da Indústria, é possível crescer o dobro. O Mapa é o roteiro para a construção de uma indústria competitiva, inovadora, global e sustentável", declarou Ferreira.

Vice-presidente da CNI Paulo Afonso, o diretor de redação da Exame, André Lahoz, e o presidente da FIEMA, Edilson Baldez

INDÚSTRIA 4.0 - Em seu discurso, Paulo Afonso Ferreira também destacou que o Brasil precisa entrar, efetivamente, no século 21. "A nova revolução industrial, chamada de Indústria 4.0, já é uma realidade. As instituições do Sistema Indústria estão se preparando para essa transformação. Nos últimos anos, criamos uma rede nacional de 25 Institutos SENAI de Inovação, 58 Institutos SENAI de Tecnologia e 8 Centros de Inovação do SESI no país, com apoio do BNDES".

Entre os presentes ao Encontro Exame CEO estavam o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), Edilson Baldez, e o diretor de redação da Exame, André Lahoz. 

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