Empresários começam 2016 mais pessimistas do que em 2015

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) reflete o pessimismo persistente dos empresários com as condições atuais e futuras da economia e das empresas

Os empresários brasileiros continuam pessimistas com as condições atuais e futuras da economia e das empresas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 36,5 pontos em janeiro. O valor é 7,9 pontos inferior ao registrado no mesmo mês de 2015 e está 18,4 pontos abaixo da média histórica, que é de 54,9 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 18 de janeiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI varia de zero a cem pontos. Quanto mais abaixo de 50 pontos maior e mais disseminado é o pessimismo.

"Infelizmente, 2016 começa com a confiança do empresário muito baixa, e isso não contribuirá para a recuperação da economia. Os empresários estão esperando notícias boas, como o ajuste fiscal e a conciliação política do país, para acreditar na retomada do crescimento e voltar a investir", afirma o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

A confiança do empresário é um indicador importante porque antecipa tendências de investimentos. Empresários pessimistas com o desempenho atual e futuro das empresas e da economia reduzem ou suspendem os investimentos. Sem investimentos, a produção e o emprego não crescem, agravando as dificuldades da economia.

De acordo com a pesquisa, a confiança é menor entre os empresários da construção. Nesse setor, o ICEI ficou em 35,1 pontos, abaixo do índice nacional. Na indústria extrativa, o indicador alcançou 44 pontos e, na de transformação, 36,4 pontos. Nas pequenas empresas o ICEI ficou em 35,1 pontos, também abaixo do índice nacional. Nas grandes empresas, foi de 37,6 pontos e, nas médias, de 35,5 pontos.

Esta edição do ICEI foi feita com 2.772 empresas entre 4 e 13 de janeiro. Dessas, 1.084 são pequenas, 1.063 são médias e 625 são de grande porte.

Mato Grosso

​Em Mato Grosso, o empresário industrial segue o sentimento de pessimismo identificado pelo ICEI nacional e registrou 34,7 pontos. Todos os setores apresentaram baixa confiança: o da construção ficou em 31,2 pontos, e o setor das indústrias extrativas e de transformação apresentou 36,0 pontos, ambos abaixo da linha dos 50 pontos. Ao comparar com os últimos seis meses, o índice foi de 26,4 pontos, revelando que os empresários consideram que as condições da economia do Brasil, de Mato Grosso e das respectivas empresas continuaram ruins. Para os próximos seis meses, as expectativas também são pessimistas: 38,7 pontos.

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