Confiança dos empresários da construção melhorou em julho, apesar dos impactos da pandemia

Sondagem Indústria da Construção, da CNI, mostrou que a atividade e o emprego tiveram queda menos intensa e disseminada em julho. O cenário contribuiu para a melhora das expectativas dos empresários do setor

Os empresários estão mais confiantes em relação aos próximos meses sobre os negócios

Apesar da crise econômica causada pela pandemia, houve melhora na confiança dos empresários da construção em julho. A Sondagem da Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que os índices de expectativa estão mais próximos da linha dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.

Isso sinaliza que os empresários esperam estabilidade do nível de atividade (50,1 pontos) e queda menos acentuada no emprego (49,4 pontos), em compras de matérias-primas (49,5 pontos) e em novos empreendimentos e serviços (48 pontos) nos próximos seis meses, já que os índices estão pouco abaixo dos 50 pontos.

A melhora das expectativas em relação à junho, segundo a CNI, deve-se à queda menos intensa e disseminada da atividade no setor. Esse indicador cresceu de 37,1 pontos no mês passado para 44,3 pontos em julho. O Índice de evolução do emprego foi de 37,5 pontos para 43,4 pontos no período. Já utilização da capacidade de operação subiu para 55% neste mês frente a 53% em julho. A intenção de investimento aumentou 3,8 pontos frente ao mês passado, registrando 34,8 pontos.

“Embora os indicadores continuem abaixo dos 50 pontos, sinalizando queda, houve uma redução significativa nessa tendência, o que contribuiu para que os empresários estejam mais confiantes em relação aos próximos meses sobre a economia e os negócios”, comenta o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Desafios do setor

A falta de demanda, por conta do isolamento social, foi o principal problema apontado pelos empresários da construção no segundo trimestre de 2020, apontado por 32,8% dos entrevistados.

A elevada carga tributária (31,8%) e a burocracia excessiva (28,4%) foram o segundo e terceiro desafios mais apontados pelos executivos no período. “Ainda como efeito do isolamento social, é esperado que a demanda permaneça represada enquanto durar a pandemia”, destaca a CNI.

A Sondagem Indústria da Construção ouviu 453 empresas entre 1º e 13 de julho, das quais 159 pequenas, 196 médias e 98 grandes.

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