O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) de dezembro de 2019 ficou em 47,3 pontos. O valor é o mesmo de setembro deste ano e pouco superior ao registrado em junho. O índice calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a confiança do consumidor passou a segunda metade de 2019 praticamente sem alteração.
O dado está estável pois a maioria dos índices que compõem o INEC sofreram pouca alteração. Os índices que acompanham as condições financeiras dos consumidores, os de expectativa de desemprego e evolução da própria renda permaneceram praticamente inalterados. Os dois componentes do INEC que tiveram um maior variação influenciaram o índice de formas opostas. Há uma maior expectativa de inflação, mas também há a expectatica de aumento das compras de bens de maior valor.
Embora o INEC da população como um todo encontra-se estável, a depender do recorte da população pesquisado, como gênero, idade, grau de instrução, renda familiar, condição do município e região geográfica, existem variações mais claras, embora não todas no mesmo sentido. Esse misto de variações positivas e negativas também explicam a estabilidade do INEC.
“O que o índice mostra não é que ninguém tenha percebido melhora ou piora, mas que não há um movimento único da população como um todo mostrando confiança. A depender do perfil a confiança melhorou ou piorou, mas como um resultado de população a confiança fica neutra.”, diz o economista da CNI, Marcelo Azevedo.
DIFERENÇAS REGIONAIS - O INEC na região Sul do Brasil aumentou e está acima da sua média histórica. A confiança da região Nordeste também aumentou entre setembro e dezembro, enquanto as demais registraram queda.
Entre a população que concluiu o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, a confiança também aumentou. Ocorre que a confiança dos consumidores de grau de instrução baixa, até a 4ª série, recuou para sua média história, e caiu entre os consumidores com grau superior.
Quando se olha para os municípios, a confiança de quem mora nos centros das capitais, nas periferias e no interior também é são bastante diferente. O INEC registrou uma leva queda entre os consumidores dos centros, mas caiu consideravelmente na periferia e se apresenta abaixo da média histórica. Os residentes do interior, no entanto, estão mais confiantes.
SAIBA MAIS - Veja os detalhes do INEC na página de Estatísticas da CNI.