Confiança do consumidor em junho é a pior em dois anos, informa CNI

A queda do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) registra o aumento do pessimismo com relação aos preços, emprego e evolução da própria renda

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) recuou para 98,3 pontos em junho, o menor valor desde abril de 2016, quando registrou 97,5 pontos. O INEC caiu 3,8% na passagem de maio para junho e encontra-se bem abaixo da média histórica de 107,8 pontos.

O recuo ocorreu pela piora nas expectativas dos consumidores. Mais brasileiros acreditam que a inflação vai aumentar e o emprego e a renda vão diminuir. O índice de expectativa em relação a inflação recuou 10,1% em junho em relação ao mês anterior, o indicador de expectativa de desemprego caiu 8,4% e o de índice de perspectiva em relação a própria renda está 4,4% menor. Quanto menor o dado, maior a parcela dos consumidores mais preocupada com a evolução futura dos preços, do emprego e de sua renda.

As variáveis de condições financeiras, que comparam a situação atual com os três meses anteriores, também demonstram um cenário de pessimismo. O índice de situação financeira caiu 4,5%, enquanto o de endividamento registrou queda de 2,6%. Quanto maior a queda, pior a situação financeira e maior o número de dívidas.

O INEC representa o sentimento dos brasileiros em relação à situação e às expectativas econômicas das famílias e do país. Quanto maior o índice, mais otimistas estão os consumidores. O ápice ocorreu em outubro de 2010, quando o indicador alcançou 120,7 pontos. O INEC segue a mesma metodologia desde 2001 e é realizado pela CNI em parceria com o Ibope. Nesta pesquisa, foram entrevistadas 2 mil pessoas em 128 municípios entre 21 e 24 de junho deste ano.

SAIBA MAIS - Acesse a página do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) para todos os detalhes.

Relacionadas

Comentários