Confiança do consumidor é a maior desde janeiro de 2014

INEC deste mês é 12,5% superior ao registrado em novembro do ano passado. Brasileiros estão otimistas com o desempenho da inflação e do emprego, mas continuam cautelosos com as compras de maior valor

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) aumentou 2,7% na comparação com outubro e alcançou 113,6 pontos em novembro, o maior valor desde janeiro de 2014. Foi a quinta alta consecutiva do indicador, que está 5,8 pontos acima da média histórica, que é de 107,8 pontos. O INEC deste mês é 12,5% maior do que o registrado em novembro do ano passado, informa a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

“A melhora da confiança é fundamental para o crescimento econômico. Consumidores mais confiantes têm mais disposição para comprar. Isso gera aumento da demanda, da produção, do emprego e dos investimentos, que fazem a economia girar em ritmo mais forte”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo. 

O aumento do INEC é resultado, especialmente, da melhora das perspectivas dos brasileiros sobre a inflação e o emprego. O indicador de expectativas para a inflação subiu 8,6% o de desemprego aumentou 6,5% em relação a outubro. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação e do desemprego nos próximos seis meses. Na comparação com novembro do ano passado, o indicador de expectativas de inflação subiu 25% e o de desemprego cresceu 19,1%.

O indicador de expectativa aumentou 3,3% em relação a outubro e registra um crescimento de 17,9% frente a novembro do ano passado, mostrando que os brasileiros esperam o aumento da renda pessoal nos próximos meses. Além disso, o indicador de endividamento subiu 1,1% frente a outubro e está 15,8% maior do que o do mesmo mês de 2017. Isso mostra que os brasileiros estão menos endividados. 

SITUAÇÃO FINANCEIRA - “Mas os consumidores ainda mostram insegurança em relação à situação financeira”, observa a CNI. O indicador de situação financeira ficou praticamente estável neste mês na comparação com outubro e, embora esteja 16,6% acima do registrado em novembro do ano passado, continua abaixo de sua média histórica, de 103,2 pontos. 

De acordo com a pesquisa, o único componente que está abaixo do nível registrado em novembro de 2017 é o de compras de bens de maior valor, como móveis e eletrodomésticos. Na comparação com outubro o indicador caiu 0,5% e está 3,8% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, confirmado que os brasileiros estão mais cautelosos com as compras desse tipo de bem. No entanto, avalia Marcelo Azevedo, o aumento da confiança do consumidor cria as bases para a recuperação do consumo. “Com a confiança em nível elevado, é possível que as compras de Natal deste ano sejam melhores do que as do ano passado”, diz Azevedo.

Esta edição do INEC, feita em parceria com o Ibope Inteligência, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 8 e 12 de novembro. 

SAIBA MAIS - Acesse a página de Estatísticas do Portal da Indústria e veja a íntegra do INEC.

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