CNI instala Conselho Temático de Mineração com a missão de contribuir com propostas para o setor

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou da sessão inaugural do Comin, ao lado do presidente da CNI, Robson Andrade, e do presidente do Conselho, Sandro Mabel

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e presidente do Comin, Sandro Mabel

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) instalou nesta terça-feira (3) o Conselho Temático de Mineração (Comin), que será presidido pelo empresário Sandro Mabel, também presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG). O colegiado terá como missão contribuir com diagnósticos e propostas para a mineração, um dos setores mais importantes da economia nacional.

Ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que participou da sessão de instalação do Comin, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que a criação do conselho é uma antiga demanda de empresários do setor. “A mineração não abrange só grandes exportadores e grandes empresas, mas é muito mais que isso. Está presente em todos os estados brasileiros e tem uma importância essencial não só para a balança comercial, mas para muitos outros setores da atividade industrial”, destacou Robson Andrade.

O presidente da CNI acrescentou que o Conselho de Mineração pretende colaborar com a agenda junto ao Ministério de Minas e Energia  (MME). “A CNI vai dar todo o apoio a este setor e a este conselho. Poderemos contribuir muito com o ministério na área de mineração, com o governo Bolsonaro, com o Brasil e, principalmente, com a geração de empregos seguros no setor”, disse. "Nosso desafio será mostrar para a sociedade brasileira que, além de ser fundamental para o desenvolvimento do país, a indústria da mineração atua com responsabilidade social e ambiental", completou. “Temos que aproveitar as potencialidades do Brasil”, concluiu o presidente da CNI.

De acordo com Sandro Mabel, o Comin não será um Conselho de pautas generalistas, mas trabalhará para definir prioridades, metas e estabelecer resultados. “Existem algumas perspectivas que são importantes. A primeira delas é a necessidade de apoio aos milhares de pequenos e médios empreendimentos de mineração que existem pelo Brasil afora”, pontuou.

Mabel enfatizou que a CNI não substitui nem substituirá nenhuma das associações e instituições que representam a mineração. “Para dar certo, temos que criar algo diferente, uma contribuição específica. Para isso, nos propomos a ser, antes de mais nada, um espaço de coordenação”, detalhou. Segundo ele, o Comin atuará em três frentes: a formalização e o desenvolvimento das pequenas e médias empresas; a estruturação de políticas públicas que deem segurança jurídica para os investimentos; e a diversificação e expansão do setor de mineração. 

Reunião do Conselho Temático de Mineração, na CNI

EMPREGOS – No discurso de instalação do Comin, Sandro Mabel observou que o setor mineral está no DNA da história do Brasil e dos brasileiros. Ele ponderou, porém, que a atividade de mineração no país está muito aquém do que poderia ser. Atualmente, o setor responde por cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 25% do saldo da balança comercial e 180 mil empregos diretos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

“Se nos compararmos ao que a mineração gera em riqueza em países como Canadá ou Austrália, nossos concorrentes diretos, estamos atrasados. Lá, a mineração é responsável por 6,5% e 8% da criação de riquezas, respectivamente. Se chegássemos a esse nível, poderíamos crescer em 50% ou até mesmo dobrar o tamanho da mineração no Brasil. Poderíamos ter 35 bilhões de dólares a mais no PIB, gerando mais de 350 mil novos empregos”, frisou Sandro Mabel.

SETOR SUPERAVITÁRIO – O ministro Bento Albuquerque ressaltou a importância da mineração para o país. “O mineral está presente em todos os lugares, está na nossa vida em todos os momentos. Só este ano, o superávit do setor é de 19 bilhões de dólares. Por isso, considero muito importante a criação deste conselho”, destacou.

Na avaliação de Albuquerque, apesar dos recentes acidentes que marcaram a mineração, há uma grande perspectiva de crescimento do setor. “Temos que agregar valor a esses minerais e não apenas sermos exportadores de commodities. O MME está de portas abertas para recebe-los e trabalharmos juntos. A indústria no fim das contas será a maior beneficiária disso. Temos que transformar o patrimônio em riqueza para a nossa sociedade”, observou o ministro.

Também estiveram presentes à reunião de instalação do Comin os deputados federais Adriano Avelar, Laura Carneiro e Rodrigo Agostinho; o secretário de Geologia e Mineração do MME, Alexandre Vidigal; o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Hugo Bicca; além de outros diretores da agência; representantes de federações estaduais da indústria e de associações setoriais.

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