CNI diz que IPI menor dos automóveis é pontual e deve ser completado por ações de longo prazo

Como medidas de longo prazo, o presidente da CNI Robson Braga de Andrade alinhou a desoneração dos investimentos e aperfeiçoamentos no sistema tributário que diminuam a carga dos impostos

A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nos automóveis, decidida pelo governo num pacote de medidas para estimular o consumo, é importante, mas pontual, e deve ser acompanhada de ações de longo prazo. A avaliação foi feita nesta terça-feira, 22.05, pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. 

Segundo ele, os efeitos de uma desoneração tributária pontual não são amplos. “Temos de estender a redução do IPI a vários outros setores, atingindo as cadeias produtivas e não somente o produto final”, propôs. Alinhou como medidas complementares de longo prazo a completa desoneração dos investimentos e aperfeiçoamentos no sistema tributário que diminuam a carga dos impostos. 

As declarações do presidente da CNI foram feitas após participar, no auditório Petrônio Portela, no Senado, da abertura do seminário Desafios da Indústria Brasileira Frente à Competitividade Internacional, promovido por quatro comissões da Câmara dos Deputados – de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Finanças e de Ciência e Tecnologia. 

Andrade enfatizou, na abertura do seminário, que a indústria é fonte de progresso técnico e de elevação da produtividade da economia. Lembrou que o setor industrial representa 28% do Produto Interno Bruto (PIB), recolhe 45% de todos os impostos, emprega 25% da população, paga  25% dos salários e responde por metade das exportações. 

“O Brasil tem inúmeras oportunidades para ampliar sua base industrial. Com um ambiente econômico favorável, marcos regulatórios adequados e foco na estratégia industrial, poderemos diversificar e ampliar  nossa estrutura industrial”, declarou. Para o presidente da CNI, o Congresso deve atuar para mudar a estrutura tributária e modernizar a legislação trabalhista. “Tais mudanças dariam à economia e à indústria um espaço maior para crescer”, concluiu.

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