Brasil e Japão reforçam parceria estratégica

O aprofundamento da relação bilateral foi defendido na abertura da 18ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão

Para o vice-presidente da CNI Paulo Tigre, o diálogo empresarial ocorre em um momento importante

Brasil e Japão podem se beneficiar mutuamente no cenário global com uma maior integração das economias dos dois países. O aprofundamento da relação bilateral foi defendido na abertura da 18ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão,que começou nesta segunda-feira (31) e se encerra nesta terça-feira (1º), em Porto Alegre. Para dirigentes empresariais de Brasil e Japão, avanços nessa agenda no curto  prazo será importante para ampliar oportunidades de investimento e ampliação do comércio exterior.

O encontro bilateral é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua congênere japonesa, a Keidanren, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), e conta com a participação de 400 representantes do setor privado e dos governos. Segundo o vice-presidente da CNI Paulo Tigre, o diálogo empresarial ocorre em momento importante, em que os governos dos dois países discutem como ampliar comércio e investimentos bilaterais. “Esperamos resultados concretos nessa agenda que temos para os próximos anos”, afirmou.

CNI e Keidanren apresentarão, durante o encontro, uma proposta de amplo acordo comercial entre Japão e Brasil, que será encaminhada aos governos de cada país. A iniciativa ocorre semana antes da reunião anual dos ministérios de indústria e comércio brasileiro e japonês (MDIC-METI) e a três meses da visita oficial da presidente Dilma Rousseff ao Japão, prevista para o início de dezembro. “As relações entre os dois países foi alçada à condição de parceria global estratégica”, disse o diretor-presidente da Vale e presidente da Seção Brasileira do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, Murilo Ferreira.

INTERESSE NO BRASIL – Com 450 empresas com operações no Brasil, o setor privado japonês está interessado em oportunidades de investimento nas áreas de infraestrutura e logística – mobilidade urbana, ferrovias, rodovias e portos –  energia e recursos naturais. Nesse contexto, no entanto, os empresários do Japão apontam a necessidade urgente de o Brasil avançar numa reforma tributária, na capacitação de mão de obra e no combate aos entraves ao desenvolvimento da economia que compõem o Custo Brasil.

O presidente da Seção Japonesa do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, Masami Iijima, destacou o avanço do debate sobre o ambiente de negócios no Brasil e o interesse do setor privado brasileiro em maior abertura para o comércio mundial. Ele lembrou que o Japão está negociando um amplo acordo com a Ásia e a América do Norte (Trans Pacific Partnership – TPP) e disse esperar que o Brasil não fique de fora de conjunto de acordos assinados por seu país. “Esperamos que o Brasil também avance em negociações, já que é o maior país da América do Sul”, argumentou.

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