Indústrias do vestuário de 18 Estados debatem ações para aumentar competitividade

Com a participação de 23 presidentes de sindicatos das indústrias do vestuário de 18 Estados, o encontro serviu para fortalecer a gestão dos sindicatos e o vínculo com o Sistema Indústria

No âmbito do PDA (Programa de Desenvolvimento Associativo), a Fiems, a CNI e o Sebrae Nacional promoveram, nesta quarta-feira (04/06), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria do Vestuário para debater ações voltada para aumentar a competitividade das indústrias do segmento. Com a participação de 23 presidentes de sindicatos das indústrias do vestuário de 18 Estados, o encontro serviu para fortalecer a gestão dos sindicatos e o vínculo com o Sistema Indústria, gerar conhecimento e debate ao redor das boas práticas das lideranças setoriais nos campos de gestão sindical, defesa de interesses, negociação coletiva e prestação de serviços, criar uma rede de contatos e relacionamento entre os líderes setoriais e disseminar as principais conclusões do encontro aos sindicatos participantes e às empresas representadas.

"O intercâmbio de lideranças setoriais da indústria do vestuário é um projeto da CNI, Sebrae Nacional e Fiems para debater os gargalos do segmento em nível nacional e construir uma proposta clara em prol do desenvolvimento das indústrias têxteis, do vestuário e de confecções. Precisamos ser mais proativos nas nossas ações, pois, cada vez mais, recebermos as demandas e devemos procurar atendê-las da melhor forma possível", analisou o presidente da Fiems, Sérgio Longen, que abriu a reunião de trabalho.

Já o presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), José Francisco Veloso Ribeiro, reforçou que o encontro promovido em conjunto com a CNI e Sebrae Nacional contou com a participação de praticamente 100% dos presidentes dos sindicatos das indústrias do vestuário do Brasil. "Foi uma reunião de trabalho onde foram discutidos assuntos de interesse do segmento e também serviu para mostrarmos o projeto Na Ponta da Linha, que desenvolvemos em parceria com a Fiems e Sebrae/MS, direcionado para que as indústrias de confecção de menor porte possam fazer serviços de facção para as indústrias maiores que têm demanda para este tipo de trabalho", declarou.

A gerente de Desenvolvimento Associativo da CNI, Camilla de Oliveira Cavalcanti, pontuou que a intenção é promover esse intercâmbio com representantes dos 25 segmentos industriais do País, sendo o primeiro com representantes da indústria do vestuário. "Essa primeira experiência foi uma grande interação entre os participantes em que discutimos uma série de desafios, como nas áreas de tributação, trabalhistas e de desburocratização. Tudo foi consolidado e cada liderança levará isso para o seu Estado de origem para disseminar e, em conjunto com a sua respectiva Federação e com a CNI, buscar mudanças que promovam o aumento da competitividade", declarou.

Repercussão

Na avaliação da assessora-geral do Sebrae/MS, Márcia Rocha, a realização desse intercâmbio foi muito importante para que fosse trabalhada com as lideranças assuntos de interesse das indústrias do segmento do vestuário. "Esse segmento da indústria é um dos que mais empregam e também é composto por um número considerável de micro e pequenas empresas. Para o Sebrae, é importante que o micro empreendedor individual (MEI) tenha chance nesse encadeamento produtivo, por isso, apoiamos iniciativas como essa em que os sindicatos possam levar à frente oportunidades de trabalho e de geração de renda para a população", analisou.

A presidente do Sindivest/MA, Ana Mendonça, o Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria do Vestuário serviu para reunir, pela primeira vez, representantes de todo o País. "Estou levando de volta para o Maranhão uma bagagem muito grande e que, com certeza, será muito útil no meu Estado. Hoje, temos dois gargalos sérios na região, que é a falta de mão de obra qualificada e a pesada carga tributária, entretanto, com a união de todo o segmento será possível vencer esses obstáculos", declarou.

Para o presidente do Sindivestuário/SP, Ronald Masijah, essa primeira reunião de intercâmbio entre todos os representantes da indústria do vestuário do Brasil foi de suma importância. "Atualmente, as indústrias do segmento vêm sofrendo com as importações da China e esse encontro é uma forma de nos unirmos para encontrarmos soluções viáveis para retomarmos a competitividade. As propostas apresentadas requerem um pouco mais aprofundamento, mas a iniciativa de iniciar essa discussão em torno de assuntos de interesse comum já faz com que todo o segmento se torne mais unido e assim consiga resolver o seus problemas", pontuou.

Na avaliação da presidente do Sindivest/RO, Helena Aparecida Mourão, foi um encontro de troca de experiências e que resultado em um grande aprendizado. "Com certeza tivermos a oportunidade de transferirmos conhecimento e chegamos a uma conclusão de que o segmento precisa se unir mais. Nesse sentido, outros encontros precisam ser realizados pela CNI para que possamos fortalecer as indústrias do vestuário brasileiras", analisou.

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