Cinco Institutos SENAI de Inovação recebem credenciamento de unidade Embrapii

Unidades se somam a outros seis institutos que já operavam recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial. Credenciamento viabilizará desenvolvimento de novos projetos com a indústria

"O SENAI, que é o principal parceiro da indústria brasileira há 75 anos por meio da educação profissional, agora se posiciona como um dos principais parceiros da indústria também para a inovação" - Rafael Lucchesi

Os Institutos SENAI de Inovação em Metalurgia e Ligas Especiais (MG), Eletroquímica Industrial (PR), Sistemas Embarcados (SC), Soluções Integradas em Metalmecânica (RS) e Biomassa (MS) foram credenciados como Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 6 de setembro, em solenidade no Ministério da Educação, com a presença dos ministros Gilberto Kassab, de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e Mendonça Filho, da Educação (MEC). Agora, 11 dos 21 Institutos SENAI de Inovação em funcionamento podem operar recursos da Embrapii. 

Com o credenciamento, as unidades estão habilitadas a desenvolver projetos no valor de até R$ 133 milhões - R$ 44,1 milhões em recursos da Embrapii e o restante dividido entre empresas e os Institutos SENAI de Inovação. “A inovação é o principal fator para tornar a indústria competitiva. O SENAI, que é o principal parceiro da indústria brasileira há 75 anos por meio da educação profissional, agora se posiciona como um dos principais parceiros da indústria também para a inovação. O credenciamento de mais cinco Institutos SENAI de Inovação é, sobretudo, um reconhecimento importante da nova proposta do SENAI”, afirmou o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi. 

Até agosto de 2017, os institutos que já operam em parceria com a Embrapii tinham 35 projetos contratados - sendo 33 concluídos - no valor de R$ 74,3 milhões. São eles os institutos em Conformação e União de Materiais (BA), em Automação da Produção (BA), em Logística (BA), em Engenharia de Polímeros (RS), em Processamento a Laser (SC) e em Sistemas de Manufatura (SC). 

Um dos melhores exemplos de como funciona a parceria é o Flatfish, robô autônomo para inspeção de águas profundas em zonas de exploração de petróleo e gás. O submarino foi desenvolvido pelo instituto em Automação da Produção em parceria com a Shell/BG Brasil, com o apoio de recursos da Embrapii e Agência Nacional do Petróleo, Óleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O equipamento dá maior segurança e eficiência às operações subaquáticas. 

A Embrapii é uma instituição enxuta, eficiente, com apenas 25 funcionários. Foi criada no âmbito da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação) e atingiu plenamente os compromissos que assumiu no contrato de gestão. As instituições têm cada uma um plano de ação, com metas de atender em prazo certo um número mínimo de empresas, desenvolvendo projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, destacou o presidente do Conselho de Administração da Embrapii, Pedro Wongtschowski, que também é líder da MEI.

REDE DE INOVAÇÃO - Os Institutos SENAI de Inovação compõem uma das maiores redes de centros de inovação e pesquisa aplicada na América Latina. Ao todo, serão 25 instituições distribuídas nas cinco regiões brasileira, próximos a complexos industriais e universitários para facilitar o fluxo de conhecimento científico e tecnológico entre o ambiente acadêmico e o setor produtivo. Atualmente, 558 profissionais atuam nos institutos, sendo 73 doutores e 103 mestres. Desde a criação, há cinco anos, a rede desenvolveu 405 projetos, com mais de R$ 378,6 milhões em recursos.  

SOBRE A EMPRAPII - Criada no âmbito da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) - coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) - a Embrapii pode investir até 1/3 das despesas das unidades credenciadas com projetos de PD&I com empresas, enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a unidade. Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional.

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