Uma reforma necessária 

No quarto episódio da série “Uma Escola de Referência” vamos falar sobre duas reformas essenciais para a educação do futuro: o Novo Ensino Médio e a infraestrutura das unidades 

 

O Novo Ensino Médio foi aprovado por lei em 2017 e, pelo cronograma estipulado pelo Ministério da Educação (MEC), deve estar 100% implementado em todas as escolas do país até o final de 2024, atendendo os três anos do ensino médio. 

No Serviço Social da Indústria (SESI), o novo modelo de ensino começou a ser aplicado em 2018 e até o final de 2022 41% da rede já era completamente atendida. O Novo Ensino Médio está presente em 25 estados por meio das escolas SESI e a meta é que todas as escolas tenham esse modelo dentro do prazo estipulado pelo MEC. 

Mas, afinal, o que é o Novo Ensino Médio e por que ele é importante? 

O objetivo é tornar o ensino médio mais atrativo para os estudantes e adequar o ensino às novas necessidades do mercado de trabalho, para que os estudantes saiam da escola mais preparados para as demandas que vão enfrentar no primeiro emprego. É aquela velha história que a gente já falou por aqui: se o mundo mudou, a escola precisa abraçar isso! 

Então, pra início de conversa, todas as matérias tradicionais que a gente conhece (Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Química, Física...) foram agrupadas em quatro grandes áreas do conhecimento: 

Além disso, existe o Itinerário 5, que é para o estudante que quer sair do ensino médio com um diploma de curso técnico na mão. No caso das Escolas SESI de Referência, ele estuda as matérias da grade comum e, paralelamente, faz uma formação técnica e profissional no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Um adianto de vida, né? 

A estudante Mariana Delatorre, do 1º ano do ensino médio da Escola SESI de Vitória (ES), gosta bastante do novo modelo.

“Quando a gente tem essa divisão por áreas, a gente já começa a focar na nossa carreira. Ou, até mesmo, tentar esse itinerário, porque eu posso descobrir se eu realmente gosto dele ou se só é uma outra área que eu tô querendo procurar. A gente sabe que existem muitos benefícios por trás. Principalmente na questão da carreira, da profissão que você quer seguir, do próprio ENEM”, ressalta. 

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“Então eu acho que essa é a grande vantagem do Novo Ensino Médio, que faz com que o estudante saia de uma grade engessada, previsível e possa escolher o seu itinerário e perseguir possibilidades dentro da educação pra desenvolver as suas habilidades, os seus talentos e potencialidades”, resume o professor de sociologia e filosofia da Escola SESI de São José dos Pinhais (PR), Paulo Hannesch. 

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A estudante Mariana Delatorre, do 1º ano do ensino médio da Escola SESI de Vitória (ES), gosta bastante do novo modelo.

“Quando a gente tem essa divisão por áreas, a gente já começa a focar na nossa carreira. Ou, até mesmo, tentar esse itinerário, porque eu posso descobrir se eu realmente gosto dele ou se só é uma outra área que eu tô querendo procurar. A gente sabe que existem muitos benefícios por trás. Principalmente na questão da carreira, da profissão que você quer seguir, do próprio ENEM”, ressalta. 

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“Então eu acho que essa é a grande vantagem do Novo Ensino Médio, que faz com que o estudante saia de uma grade engessada, previsível e possa escolher o seu itinerário e perseguir possibilidades dentro da educação pra desenvolver as suas habilidades, os seus talentos e potencialidades”, resume o professor de sociologia e filosofia da Escola SESI de São José dos Pinhais (PR), Paulo Hannesch. 

Por ser pioneiro na implementação do Novo Ensino Médio e já ter inclusive um ciclo completo de estudantes formados pelo novo modelo de ensino, o SESI já acumula uma boa bagagem sobre o tema. Já deu pra perceber ao longo desses 5 anos de experiência, por exemplo, a preferência dos estudantes pelos eixos profissionalizantes, construído com a parceria do SENAI, como explica o diretor de operações do SESI, Paulo Mol. 

 

“A gente observa muito claramente a conexão que os alunos já estão fazendo do ensino médio com o mercado de trabalho, como se preparar melhor, quais seriam as oportunidades, para onde é que o mercado de trabalho tá caminhando, quais são as habilidades que precisam ser desenvolvidas. Então isso mostra um aluno mais crítico, mais conectado com a realidade, um aluno que está estudando, mas sabendo por que ele está estudando e sabendo aonde ele quer chegar”, conclui.

Além da metodologia 

Agora, tem um aspecto da implementação do Novo Ensino Médio que não é uma exigência do Ministério da Educação, mas que, quem pode usufruir, sai na frente, que é a infraestrutura. 

Para materializar toda essa transformação no ensino, as Escolas SESI de Referência estão recebendo diversas melhorias que conversam muito com as diretrizes do Novo Ensino Médio: salas temáticas com as quatro grandes áreas do conhecimento, flexibilidade para organizar mesas e cadeiras, trânsito livre dos alunos e vários recursos tecnológicos. 

 

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“Conforme muda a área do conhecimento, a gente muda de sala, e é bem legal porque a gente se sente dentro da matéria. Como a sala é temática, a gente tem melhor assimilação daquilo que a gente vê e daquilo que a gente vai praticar”, comenta o estudante Davi Bezerra, do 2º ano do ensino médio da Escola SESI de Juazeiro do Norte (CE). 

Algumas escolas receberam também um projeto de sustentabilidade, com sistema de energia fotovoltaica e de captação de água da chuva. 

A escola de São José dos Pinhais (PR) é uma delas e conta com 14 módulos de geração de energia que representam cerca de 10% do total que será consumido pelo prédio. A instalação tem também dois reservatórios de água com capacidade total para 1,5 mil litros, que podem levar a uma economia de R$ 3,7 mil por ano à escola. Essa mesma água pode ser usada para a limpeza da área externa do prédio. Os bons exemplos começam dentro da escola!  

“Conforme muda a área do conhecimento, a gente muda de sala, e é bem legal porque a gente se sente dentro da matéria. Como a sala é temática, a gente tem melhor assimilação daquilo que a gente vê e daquilo que a gente vai praticar”, comenta o estudante Davi Bezerra, do 2º ano do ensino médio da Escola SESI de Juazeiro do Norte (CE). 

Algumas escolas receberam também um projeto de sustentabilidade, com sistema de energia fotovoltaica e de captação de água da chuva. 

A escola de São José dos Pinhais (PR) é uma delas e conta com 14 módulos de geração de energia que representam cerca de 10% do total que será consumido pelo prédio. A instalação tem também dois reservatórios de água com capacidade total para 1,5 mil litros, que podem levar a uma economia de R$ 3,7 mil por ano à escola. Essa mesma água pode ser usada para a limpeza da área externa do prédio. Os bons exemplos começam dentro da escola!  

O futuro da educação 

As ferramentas estão postas: currículo inovador, infraestrutura totalmente adaptada. Quais frutos vamos colher com todos esses investimentos? Esse é o assunto do próximo e último episódio da série Uma Escola de Referência. Vamos falar sobre o futuro da educação? 

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