Seguimos firmes

Em artigo publicado no jornal O Popular, vice-presidente da CNI, Paulo Afonso Ferreira, destaca que em um momento atípico, que traz reflexões, é preciso aprender algo novo todo dia

Seguimos firmes, perseverantes e otimistas de que tudo isso vai passar. Uma nova realidade foi instalada, hábitos, consumos, relacionamentos e desafios que exigem adaptabilidade e mudanças.

Nos comove e desafia a enxergarmos como um momento de oportunidades, de nos reinventarmos, de não nos apegarmos, pois não sabemos como será o amanhã.

Enfim, um momento atípico, que nos traz a reflexão sobre quebrar paradigmas, ideologias e resistências. Precisamos aprender algo novo a cada dia.

Uma transformação digital foi instalada, criados novos modelos de negócios e interações. Com esse cenário surge também a necessidade de novas habilidades, regulamentações, legislações e adequações.

Como exemplo, podemos perceber o surgimento de novas atividades profissionais, o uso de conceitos como delivery, home office, live, shows, reuniões, cursos, celebração de datas comemorativas por vídeo conferências, algo que rompem barreiras geográficas, evitam deslocamentos, otimizam tempo, recursos e geram produtividade.

Em nossas atividades na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e como presidente do Conselho de Assuntos Legislativos (CAL), temos observado essa mesma realidade no Congresso Nacional, sendo importante reconhecer os esforços de Deputados e Senadores para que o País não pare.

Nos chama atenção, o volume de assuntos tramitando e votados em sessões remotas, com qualidade e celeridade, não somente relacionados ao enfrentamento da crise.

Durante os três meses de pandemia, senadores e deputados apresentaram cerca de 2581 proposições que tratam de medidas de combate à crise gerada pela Covid-19.

Considerando o Plenário da Câmara dos Deputados, em apenas 3 meses de pandemia, ocorreram 538 votações, uma quantidade superior ao dobro das apreciações do 1º trimestre legislativo de 2019.

No Senado Federal, a quantidade de matérias apreciadas em abril e maio de 2020 teve um aumento de 57% em relação ao 1º bimestre legislativo de 2019.

Dia 24 de julho foi aprovado o novo marco do Saneamento Básico, um assunto que tramitava há muitos anos e que chega em momento oportuno, em virtude da necessidade de proporcionar investimentos como medidas preventivas à transmissão do Covid-19. 

Mais de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e cerca de 100 milhões não têm serviço de coleta de esgoto.

Que continuemos vendo ações nesse sentido, com união entre os diversos poderes constituídos, com união, diálogo e iniciativas de contribuir com o crescimento e desenvolvimento do Brasil.

Na sequência é fundamental que sejam implementadas medidas pensando no pós-crise, pois acreditamos que precisaremos redirecionar os rumos do Brasil, consolidarmos bases, realizarmos reformas estruturais, como tributária e administrativa, para que tenhamos um ambiente mais favorável para os negócios, com empresas competitivas, consolidadas, produtivas, geradoras de emprego, rendas e receitas, itens imprescindíveis para o desenvolvimento socioeconômico do País.

Que Deus nos abençoe e ilumine nesse momento!

O artigo foi publicado no jornal O Popular, na quarta-feira (8).

Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente executivo da CNI.

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