Por um Brasil competitivo

Em artigo publicado no jornal O Popular, o vice-presidente da CNI, Paulo Afonso Ferreira, destaca a criação da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo e como avançar nesse processo

Imagem conceitual das empresas a vapor trabalhando de forma coesa. Interação e unidade

Desafios geram oportunidades para repensar ações e unir os diversos segmentos da sociedade em prol de mudanças. Um país se desenvolve de modo sustentável por meio da geração de emprego, renda, receitas, sendo preciso identificar gargalos e racionalizar gastos.

O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, possui riquezas, mas ainda lida com descompassos na aplicação de recursos da sociedade, gastando mal aquilo que arrecada. O aumento dos juros, do gasto público, da inflação, das matérias primas e bens de consumo e a alta carga tributária impactam a competitividade das empresas e diminuem o poder de compra da população.

Para que haja investimento é necessário um cenário de segurança jurídica, estabilidade econômica, ambiente favorável aos negócios, sistema de transporte e infraestrutura adequados, mão de obra qualificada, crédito produtivo e de consumo, com menos burocracia. Lutamos há anos por uma reforma no Sistema e cada vez mais percebemos a necessidade de mudanças para que o Brasil melhore suas condições socioeconômicas.

A sociedade deve participar efetivamente nesse processo, se inteirar, posicionar e manifestar em prol da consolidação de um país que atenda às necessidades de quem produz e de quem consome. O Congresso Nacional também tem um importante papel na construção de leis que atendam os anseios da sociedade.

Recentemente foi lançada na CNI, coordenada pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), com participação de líderes empresariais, de Associações setoriais, autoridades dos poderes Executivo e Legislativo, a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, presidida pelo deputado federal, Alexis Fonteyne (Novo/SP) e composta por mais de 200 parlamentares, que vai unir forças e aglutinar ações para melhorar o ambiente dos negócios, priorizando projetos que impulsionem a redução do “Custo Brasil” e o desenvolvimento econômico.

O Custo Brasil é utilizado ao se referir a um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas, jurídicas e econômicas que prejudicam o crescimento do País, influencia negativamente o ambiente de negócios, encarece os preços dos produtos e serviços, gera excessiva carga tributária e inibe investimentos.

A reforma tributária é indispensável para estimular os investimentos na produção, gerar empregos formais e manter a competitividade das empresas nacionais. A reforma administrativa também é urgente, no sentido de desburocratizar, estimular a meritocracia, reduzir privilégios, excessos e discrepâncias.

Que esse momento nos possibilite avançar nas reformas, que fazem parte de uma Agenda de País e um Projeto de Nação, rompendo amarras que nos impedem de crescer e nos tornarmos um país mais próspero, justo e com qualidade de vida para a população.   

*O artigo foi publicado nesta quarta-feira (21), no jornal O Popular.

Paulo Afonso Ferreira é vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

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